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Mostrando postagens de março, 2011

Ane divulga autores pouco conhecidos

Uma leitura agradável e descontraída No número 38, de fevereiro e março de 2011, do Jornal da ANE (Associação Nacional de Escritores), entre várias matérias, merecem destaque dois poemas de Mariano Shifman, (página 7) advogado e poeta argentino, em tradução de Ronaldo Cagiano e um texto de Anderson Braga Horta sobre a vida e obra de Waldemar Lopes, de Brasília. Autor incluído na famosa Antologia de Poetas Brasileiros Bissextos Contemporâneos, de Manuel Bandeira, livro que auxiliou a elevar o seu nome de sonetista. Braga Horta estende elogios ao livro Sonetos do Tempo Perdido, de sabor proustiano, demonstrando que todas as suas peças são antológicas e, pelas suas formas clássicas. (página 6) Uma revelação muito humana e sofrida observa-se no texto de Adércio Simões Franco (página 3) sobre a autobiografia intitulada Manual do Sobrevivente, de Joanyr de Oliveira, que recebeu a consagração da crítica brasileira e sua poesia, agora cristalizada, faz parte do rico painel da literatura

A maior coisa que abomino

O maior crime contra o bom astral do brasileiro Uma vez ou outra, alguém com muita descontração, pergunta-me qual é a maior coisa que abomino. E a resposta natural é dizer-lhe que o maior crime contra o bom astral do brasileiro seria suportar uma tremenda virose. Que mais há para dizer? É isso mesmo, a tal gripe que congestiona as narinas, que incomoda você quando atende o telefone: começa uma ardência acompanhada de uma leve coceira e, quando se quer disfarçá-la, o espirro borrifa como um chuveirinho de partículas de melecas o bocal do aparelho. Aí você dá uma soprada no lenço, semelhante a um som de corneta, jorrando mil bactérias pra todo o lado. Fica espantado com a poluição que emite e, inicia a neurose de preocupação de não contaminar o ambiente. Caso fique invernado em casa, ou entocado mesmo, você acaba trocando o lenço   pelo papel higiênico, por questão de economia! Liga e avisa o chefe do tal “princípio de dengue” e garante que levará o atestado, não o de óbito, assim

Negros galhos que abrem sob a chuva

  Depois de todos os encantos idos, lhes chega a tormenta, em vôo silencioso Coruja triste que só faz o pouso no oco dos velhos troncos carcomidos Oh! O silêncio de sala de estar, espera Onde esses pobres, guarda-chuvas lentamente escorrem... Não traz venturas, certamente Mas dá grande desconforto... E em verdade pergunto: Onde está o calor das coisas na rua, ao desabrigo Tu verás que tudo é sombra vã, Tênue fumo que a morte assopra num momento da agitação da vida Uma canção que não tem sentido como não tem sido a brisa nem a vida... Perdido, perplexo diante do cinema projetado em teus olhos mudos, imagens que desfiam a tua carne com dentes cinza chumbo Imagem doméstica do gato, que mora no mundo para sempre por entre antigos retratos de parede Os teus olhos conseguem ficar longo tempo abstratos às vezes, você fixa os objetos, obstinados porque eles se desumanizam de todo Vestes de trevas e vidrilhos Cabeleira trágica Olheiras suspeitas O grito horizontal da boca surgiu da noi

Sabores do Brasil

Um País para ser saboreado e amado por sua diversidade O Brasil possui uma formação cultural heterogênea em decorrência de sua colonização que inclui as culturas, hábitos e costumes de portugueses, africanos, holandeses, ingleses, franceses, japoneses entre outros tantos povos. Razão pela qual a cultura e a arte do País serem valorizadas e estudadas por pesquisadores, historiadores, sociólogos, filósofos, psicólogos, antropólogos e músicos da América Latina, Europa e Oriente. Para homenagear, valorizar e, acima de tudo, amar a nossa Nação, Carlos Freixo e os integrantes da Associação Prudentina de Escritores (APE) promovem no próximo sábado (19.03), às 19h30, no Centro Cultural Matarazzo, o Sarau Solidário Sabores do Brasil. O evento contará com a presença dos escritores e poetas prudentinos: Carlos Freixo, Davi Aquino, Luís Amaral, Paula Hanke e Suley Mara, na área de Literatura.   Na parte musical, haverá as apresentações da banda Provisória, da dupla Raízes da Esperança e Mocam

Agenda do Matarazzo / março de 2011

Visita às exposições: de segunda à sábado, das 8h30 às 22h Aos domingos, das 10h às 22h Cinema – quinta e sexta-feira, às 19h30, sábados e domingos às 17h De 1 a 31, de segunda à sexta-feira, das 8h30 às 20h30 e aos sábados, das 8h30 às 12h30, na Biblioteca Municipal Dr. Abelardo de Cerqueira César Autor do mês: Érico Veríssimo Publicou a sua primeira obra, Fantoches , em 1932, uma sequência de contos, em sua maioria na forma de pequenas peças de teatro. No ano seguinte obteve o seu primeiro sucesso, com o romance " Clarissa ". Casou-se em 1931 com Mafalda Volpe e teve dois filhos, Luis Fernando Verissimo , também escritor, e Clarissa. Em 1936, mesmo ano do nascimento de Luis Fernando, Érico Veríssimo publicou Olhai os Lírios do Campo , sua primeira obra de repercussão nacional e internacional. Muitas décadas mais tarde, em 2006, essa obra influenciou fortemente a novela Páginas da Vida , de Manoel Carlos. A novela tirou do livro algumas personagens. Em 1943 mudou-se

Porres homéricos

Duas histórias de boêmios fantásticos e seus pileques colossais Papo vai, papo vem entre um jornalista e um cartunista carioca, falando de um porre que tomou em companhia de um conhecido cronista, quando depois de beberem por toda a noite, foram amanhecer numa escolinha de jardim de infância, sentados em cadeirinhas e tendo, sobre as não menos pequenas mesas, grande quantidade de garrafas de cerveja. De duas coisas o cartunista não consegue se lembrar: onde conseguiram as cervejas e como foram parar na escolinha. Coisas que são proporcionadas ao servos das “cervas”, meus caros leitores e leitoras, são os efeitos do “tsunami” de cerveja que abalou a memória dos personagens desta historieta. Hoje, está guardada nos anais dos grandes pileques: o personagem do cartunista carioca, foi interpretado por Jaguar, um dos fundadores do semanário Pasquim e campeão na modalidade de “levantar copo” nas olimpíadas etílicas, e o conhecido cronista, era a figura lendária de Carlinhos de Oliveira (