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Mostrando postagens de dezembro, 2011

Há controvérsias em Florianópolis

Acesse o link de um bate-papo entre os poetas Márcio Borges, Ronaldo Werneck e Affonso Romano de Sant´Anna http://youtu.be/GUEs-3VjjtE Clique e acesse o link de uma entrevista de Ronaldo Werneck no Festival de Literatura de Cataguases ( FELICA ), Minas Gerais, em 2009 http://youtu.be/B_wvPeVvF3U

Agenda Matarazzo de dezembro de 2011

  Especial Concertos de Natal De 16 a 22, sempre às 17h, 19h e 21 no teatro de Arena da Praça 9 de Julho Literatura De a 16, de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 12h e das 13 às 17h, na Biblioteca Municipal Dr. Abelardo de Cerqueira César Projeto Dia D – Tira Dúvidas Segundas e quintas – Língua Portuguesa Quartas e sextas – Matemática Terças – Geografia Autor do Mês: Pablo Neruda Dia 13, terça-feira, às 19h30, na Sala de Cinema Condessa Filomena Matarazzo Filme: O Carteiro e o Poeta Fase do exílio de Pablo Neruda baseado em livro Por razões políticas o poeta Pablo Neruda se exila em uma ilha na Itália. Lá, um desempregado quase analfabeto é contratado como "carteiro" extra, encarregado de cuidar da correspondência do poeta. Gradativamente se forma uma sólida amizade entre os dois. O carteiro Mario, aos poucos, aprende a escrever seus sentimentos por Beatrice, e Neruda ganha, em troca, um ouvinte compreensivo para suas lembranças saudosas do Chile . Baseado no

As Mensagens Indigestas

Pintura de Sérgio Rodriguez Salve, reino dos homens: todo o peso celeste dos propagandistas fariseus, suportam no ermo de suas palavras toda a carga terrestre Carregam de fogo exaltado os discursos como fossem cascos lacerados lixa as cartilagens das almas de palavras rimadas e furtivas, nos cartões coloridos com que iludem teu negrume matizado, Eles dizem que não sou obediente à cerimônia Eles dizem que não sou piedoso Eles dizem que não sou caridoso E nem sei arrebanhar as ovelhas, nem ser emocional que nem pastor para tocar o extremo da alma e da condição humana, as senhoras e os homens incorporam-se num sopro para trazer o espírito do presépio, o senso da escultura fria das bocas mortas As várias condições são por onde se atropela essa ânsia do riso na boca adormecida Agora se apascenta à sombra da mesa dos comensais parece um deserto vermelho o batom que adorna suas bocas palavras secas e ocas fogem da Terra devastada pelo gelo antigo do medo ruindo às pontes perdidas de

Relatório do mundo lacrado I

Medusa ou Perséfone Medéia, a grande mãe, terrível medusa, com teus grandes braços imperialistas, árvore de mil ramos, as relações humanas, imenso polvo que sufoca, as folhas, os frutos do ventre caem perdidos na alta noite eterna, catedral da nova ordem Meu corpo no balanço do abismo entre prazer & morte Eu não tenho senão dois olhos prudentes vidrilhos e sou um bastardo nas teias de aranha, beco dos canteiros doentes Eu quero romper com o minotauro dos minutos nos botequins pinico, nervuras da lógica que corta o nosso circuito, como o relógio abrindo galerias dentro do crânio Eu penso nas placas de trânsito, sinaleiro rádio-patrulha os cães por trás das grades na escuridão, bordadeiras, a alma imortal dos gabinetes a poesia arcadas, lacinhos luxo protozoário kitch, clichê, sucumbindo no torniquete da consciência. 

Relatório do mundo lacrado II

Gaita de Foles de Hyeronimus Bosch Os luminosos dançam nos telhados de Metrópolis, o jardim das delícias sereias de néon & mistério, estufas de vapor Bolgia danados de Dante Alighieri, sonham eternamente em saunas casamento do céu & inferno fios telefônicos cruzam as ondas Meus olhos vidrados cegam minha mente diluindo como uma laranja mecânica de tudo Avenida dos Centauros, utopias, Esfinges de metal e concreto matando os sonhos Allan Ginsberg profetiza o caos, Dionísio e Eros aprisionados, uma floresta de cobras amarelas nos olhos dos escoteiros acendendo velas em volta do primeiro chacra. Ezra Pound recita numa estação do metrô. Eu sinto a fumaça de todas as chaminés crescendo pelos sete buracos da cabeça cachos de glória & outro na barriga do Bode sobremesa nesta longa temporada no inferno dos corações gelatinas bucólicas e misantrópicas Meu silêncio ruminante de búfalo Meu amor meteoro kamikaze de gargalhadas & espelhos domesticados feito um navio ancorado n

Água-forte

No vidro da lotação a cachoeira do teu cartão ...se reflete a água penetra na realidade e vai encobrindo as imagens que não sentem se afogar... as imagens prensadas pelas águas, explodem o teto e vão pelas ruas varam as casas ........................................................... mas a cachoeira continua nos cartões postais, dentro das coisas, mudas...

Pôster

Chaplin em cena do filme Tempos Modernos (Modern Times)   Estou diluído na proporção da cidade fora          do tamanho e         velocidade da realidade humana Então          no povo          minhas múltiplas faces          talvez estrelas de lama imitando o delírio da realidade Carlitos, a caricatura de Chaplin, teu rosto no pôster          traz a chuva          lá de fora...a felicidade doendo na vida... ......................................................................................................................................... virando o pôster vejo a cidade,                    que minha alma                    com tua imagem                    habita...

Sinuca, o jogo da vida

Um fenômeno que escapa ao intelectual da nossa sociedade A sinuca sempre caminhou assim como um troço esquecido. Quando realmente ela representava a concentração de um tipo que fica muito próximo do marginal, que é o lumpen (de proletário, pobre, desprezível, etc.) a figura do marginalizado mesmo. Ela é uma coisa desconhecida, indecifrável e, quando aparece uma pessoa falando disso com propriedade é levada como pitoresco. Não é pitoresco. Um meio de divertimento, digamos assim: um lugar lúdico, e também um ganha-pão para outros homens que não têm meios para grande jogo, entende? As mesmas pessoas do salão de sinuca colocadas no Jóquei ou num cassino no Paraguai são uns pés-de-chinelo, uns caras que jogam bem pouco. São gajos que nunca sonharam com aplicações, Bolsas de Valores, eles nem sabem o que é Bolsa de Valores... são sujeitos não dados ao pôquer, o máximo que jogam é baralho, caixeta ou truco, é jogo de ronda ou esses joguinhos de 21 ou o joguinho do bicho. Agora, a grav