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Mostrando postagens de dezembro, 2012

Entrevista para Barbosa da Silveira

    Conversa informal antes do programa               (da esq.para dir.) Viviane Rodrigues, Rubens Shirassu Júnior, Rubens Shirassu e Barbosa da Silveira         Ellen Vargas Aglio, Rubens Shirassu Júnior, Rubens Shirassu e Barbosa da Silveira                             Em 23 de dezembro, domingo último, estivemos no programa “Os Ouvintes Querem Ouvi-lo”, do jornalista e radialista Barbosa da Silveira, às 11h30, na Rádio Comercial AM, de Presidente Prudente. Esse tradicional programa radiofônico existe há 40 anos, o que comprova o sucesso e a credibilidade de público.          Durante a entrevista de 1 hora e 7 minutos, de forma bem descontraída, tracei o meu perfil histórico incluindo desde o nível de ensino, cursos e atualizações complementares, as principais referências literárias, livros que publiquei, os prêmios recebidos, citações em teses de Doutorado, hobby e opinei também sobre a área de lit

Pio-Pardo comemora o fim do mundo

    Cartazes na Avenida Paulista em São Paulo                         O Pio-Pardo Samba-Jazz pretende festejar o fim do mundo no Bar do Japa, hoje (21.12) às 21 horas, no bosque das Águas (mais conhecido como bosque dos poços artesianos), um lugar paradisíaco, cercado de árvores centenárias, povoadas por gnomos teosóficos e duendes abissais, situado no prolongamento da Avenida Tancredo Neves, na Vila Marcondes, em Presidente Prudente. Um recanto com clima místico bem apropriado para gurus, mutantes, reptilianos, esotéricos, bruxa(o)s, discípulos, profetas do pós-calipso, videntes, cartomantes, pastores de almas leigas, como traduz Freud, abduzidos, entre outras coisas.          A entrada é franca e paga-se apenas o consumo, com caixinha para os músicos: Zelmo Denari (piano), Edmilson (bass), Aloísio (sax) e batera (sem titular) além de uma cantora-surpresa. Haverá também apresentação do gênero samba a cargo da Escola de Samba do Fornalha.     

Amor Líquido

    Zygmunt Bauman                            “Será que os habitantes de nosso líquido mundo moderno... preocupados com uma coisa e falando de outra? Eles garantem que seu desejo, paixão, objetivo ou sonho é “relacionar-se”. Mas será que na verdade não estão preocupados principalmente em evitar que suas relações acabem congeladas e coaguladas? Estão mesmo procurando relacionamentos duradouros, como dizem, ou seu maior desejo é que eles sejam leves e frouxos, de tal modo que, como as riquezas de Richard Baxter, que “cairiam sobre os ombros como um manto leve”, possam “ser postos de lado a qualquer momento”? Afinal, que tipo de conselho eles querem de verdade: como estabelecer um relacionamento ou – só por precaução – como rompê-lo sem dor e com a consciência limpa? Não há uma resposta fácil a essa pergunta, embora ela precise ser respondida e vá continuar sendo feita, à medida que os habitantes do líquido mundo moderno seguirem sofrendo sob o peso e

Escancarando a Porteira

          Publicação prudentina prioriza crítica, reflexão e humor                       O Pio-Pardo segue a conhecida e criativa imprensa alternativa, que de modo independente, canalizou a fatia mais instigadora, provocante e criativa do jornalismo crítico e combativo produzida nos anos 60 e 70. Seguindo o perfil do gênero Pasquim , o jornal, de Presidente Prudente, São Paulo, chegou ao número 5, em dezembro último. Ainda que sofrendo atentados da ordem (política e intelectual) para que se forçasse o silêncio, sendo relegada ao benfazejo caminho do jornalismo gonzo e o underground literário, é inegável a importância que teve a década de sessenta, do começo até o fim, na formação da imprensa e da cultura alternativas, presentes sejam, tanto nas universidades, como nas ruas. Ora, justiça seja feita a Luís Carlos Maciel, Tarso de Castro, Fausto Wolf, Roberto Freire (autor de Cléo & Daniel ), Fernando Gabeira, Ignácio de Loyola Brandão na f

Lições de Arquitetura

          Para Oscar Niemeyer           No ombro do planeta (em Caracas) Oscar depositou para sempre uma ave uma flor (ele não faz de pedra nossas casas: faz de asa) No coração de Argel sofrida fez aterrizar uma tarde uma nave estelar e linda como ainda há de ser a vida (com seu traço futuro Oscar nos ensina que o sonho é popular) Nos ensina a sonhar mesmo se lidamos com matéria dura: o ferro o cimento a fome da humana arquitetura nos ensina a viver no que ele transfigura: no açúcar da pedra no sonho do ovo na argila da aurora na pluma da neve na alvura do novo Oscar nos ensina que a beleza é leve Ferreira Gullar    

Décio e a utopia construtivista

    Imagem do Correio Brasiliense                           beba coca cola   babe           cola   beba coca   babe cola caco   caco   cola                      cloaca   Décio Pignatari – 1967   Caviar o prazer   prazer o porvir   porvir o torpor   contemporalizar   Décio Pignatari – 1959                     Ao se mencionar Poesia Concreta , a imagem imediata que ocorre são alguns poemas sintéticos e despojados de expressão lírica. Neles, o que tradicionalmente se espera do poético – a inspiração, a expressão de sentimentos ou estados d´alma – foi liquidado.          Alguns destes poemas são clássicos (como “ velocidade” , “beba coca-cola” , de Décio Pignatari , e “nascemorre” ) e revolucionaram a poesia brasileira por ousarem transformar a palavra em coisa. O poema “Beba Coca Co