Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de janeiro, 2016

Revista de referência cita escritor de Presidente Prudente

                        Wladyr Nader, escritor e editor do blog Escrita, publicou uma página sobre a obra completa de Antonio Risério, antropólogo, poeta, ensaísta, tradutor e historiador brasileiro, citando o artigo “Ideograma dos Deuses”, do escritor e poeta Rubens Shirassu Júnior, de Presidente Prudente, que comenta o livro “Oriki orixá” (1996) uma recriação da poesia iorubá pelo intelectual baiano. O texto integra a seleta de “Religar às Origens (1981 - 2010 - artigos e ensaios) editado em 2011, prefaciado por Ronaldo Cagiano, contista, poeta e crítico literário, de São Paulo, e tendo a apresentação de Rosângela Rocha, escritora e ex-professora de Jornalismo da Universidade de Brasília (UNB).             Atualmente, Nader tem 12 livros publicados e atua como professor de Jornalismo da Pontifícia Universidade Católica (PUC), em São Paulo. Clique abaixo e acesse o item Biblioteca de livros de Antonio Risério - Escritas.org http://www

Cordas & nós na garganta

O velho guitarrista de Pablo Picasso Para Luiz Antonio Carneiro Eu sou da geração que pôs colares de gemas na alvorada Eu sou da geração que ouve o solo rasgado de guitarra que soa bem longe. Estridente soluço das almas perdidas de sonhos, inquietações, medos, incertezas, lágrimas de tristezas. Você não sabe esfinge de sal o muito que minha geração quer a aurora clave de sol, apesar do temporal, meu pássaro chora pelo vento seco, que perpassa os vãos das grades frias. Meu pássaro chora solo de música que soa longe foge por sua boca redonda. E, assim a aranha tece fio por fio uma grande estrela cheia de orvalho dos suspiros compostos pelas folhas de almíscar que boiam no seu negro precipício poente de madeira.

Caramujo do Pantanal

“As plantas me ensinaram de chão. Fui aprendendo com o corpo. Hoje sofro de gorjeios Nos lugares puídos de mim. Sofro de árvores.”             Este poema é de Manoel de Barros, que morreu aos 97 anos, em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, há 1 ano e três meses. Em 1937, ele publicou seu primeiro livro, Cabeludinho, que mais tarde se chamou Poemas Concebidos sem Pecado e, de lá para cá, manteve-se, voluntariamente, no anonimato, arredio a entrevistas e dividindo seu tempo entre o Rio de Janeiro, para onde se mudou em 1929, e o Pantanal, onde administrou uma fazenda por herança. Este comportamento explica seu apelido, “Caramujo do Pantanal”. O anonimato é uma opção. “O escuro me faz bem. Costumava dizer que é a escuridão que acende o vagalume”, sustenta. Mas acabava admitindo que “no fundo, no fundo não é só uma opção. Havia também uma boa dose de timidez. Quando publicava um livro no Rio, fugia para o Pantanal com medo da repercussão que ele p