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Mostrando postagens de fevereiro, 2017

Sinal XLI

Pisciano. Este quase sempre correu, fugiu da armadilha de ser aprisiona do descobre o encanto. Amor livre das tarefas de servo da tradicional família, que faz deste prisioneiro e caça, e o dragão ama, de maneira clara. Cerne, criar a amante, alma sem gesso, sem a injustiça da forma, sem o egoísmo do nome: desejo absoluto, porque pertence aos ares. E este amor doido, mesmo que gere ferida, é o próprio nome da vida.

Sinal XL

Por medo de amor é inconstante como a nuvem, criou uma flor secreta, uma rosa fechada, secamente represa a magma e nem salta como um tigre no escuro. Em seu tédio espera aquele que virá, um silêncio ao tumulto parecido, um mistério é seu signo e há de decifrar sumindo nas entranhas, submersa, nas profundezas do mar de sua cabeça. Por isso não desvela, enquanto não for vento ou vaga, mas responde sem palavras, o amante com perigoso silêncio parecido, em gesto impreciso, desvendará o segredo de todas perguntas, os hieróglifos de segredos tatuados, pela lua cheia de desejos no corpo, seus legados, as fomes da alma e do coração pois sabe que é devorada por outra fome que desdenha a razão ao rumor da água caindo no vago pasto, uma ardência como lava expelida pelo dragão. Palavras, pensamentos, antes esquecer, sorvendo a salmoura que escorre

Sinal XXXIX

Boca fendida de romã, bagos de vida, esse mistério de água torrencial, fluindo do terminal das coxas, e a vulva possuindo violáceo cacho de uvas. Vinha por essas serras, essas encostas, pisando em toda a praia – o sangue inquieto, um vinho atocaiado por pensamentos leves, como espumas, e os cabelos soltos como nuvens, simples, voraz sem recatos. Ainda assim, alegria, te festejo, liberto da moldura de todos os retratos. Mesmo que o amor seja selvagem, Mesmo que seja arredio, é o que chamas de posse, egoísta e material, a obsessão que te mostra anjo nu expondo a gruta de mata escura urdideira de rio, serpente de prata, sedenta de maior apetite, desespero das pernas vibrar de asas desejando alçar voo, bebe mel no vento, desejo, mas não se rende ao sossego. Um azul onde começa quando em ti levanta esta revoada de pássaros que mordem as entranhas deste fruto que se abre e come por inte