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Mostrando postagens de setembro, 2017

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Via email sobre Cidade sem rosto

Shirassu, caríssimo, dentro da sua exposição de motivos que tal uma comparação com a situação que vive hoje o nosso país? O exemplo não tem que vir de cima? Abraço, Flávio Araújo Comentarista esportivo, radialista e jornalista (Quarta-feira, 13 de setembro de 2017) Bom dia, meu caro Rubens Shirassu Júnior, Belo texto Rubens. Acho que expõe de forma contundente as neuroses da modernidade. Além da poesia intrínseca às verdades ocultas no submundo das consciências assustadas e temerosas com as coisas acontecendo ao nosso entorno, parece-me o encontro de um passado marcado pelo pavor das represálias com a perspectiva de uma pororoca de um futuro turbulento que faz o ser humano parecer um mero rato de esgoto, medroso e omisso. Abraços e parabéns pelos belos textos Devair Módolo Escritor de ficção científica de Presidente Prudente, São Paulo (Quarta-feira, 13 de setembro de 2017)

Cidade sem rosto 4

Ilustração de Rubens Shirassu Júnior Ao centenário de Presidente Prudente Quase ninguém lembra passa despercebida ninguém disse nada ninguém quis lembrar ninguém quis preservar. Porque as pessoas não querem mais lembrar o lixo da memória pegando fogo. O lixo da memória roído pelas traças e pelos cupins                                                            e desistiram de falar pois esta é a era midiática neomedieval do silêncio, do homem uniforme individual, da hipocrisia e das relações líquidas. Silêncio dos que são vigiados pelo GPS e do que estão arquivados pelo banco de dados do buscador. Silêncio secular assentado, alguns mortos e muitos fatos históricos incomodam demais ninguém quer saber o que tem a ver. Silêncio de Galo das Trevas do cemitério. Urros ecoam nos poliedros dos asilos e do hospital psiquiátrico, as seivas dos comprimidos insanos escorrem numa

Cidade sem rosto 3

Ilustração de Rubens Shirassu Júnior Ao centenário de Presidente Prudente   Como uma criatura que cava perfurando a terra, o seu chão, sem achar escape. No rosto, essa mesma expressão dispersa ou grave, esse indeciso traço de sol-posto de fuga que há no bico de uma ave. O mais é jeito desumano. O que procurou em alguns momentos não cabe no infinito, e é fuga e vento no peito transtornado e ferido. O que és, o que sobra, esmigalhado vive de fome, não morre todo, e fica no ar, parado. O coração pulverizado range, mas deixa uma angústia espiralante. De frente ao caixa para depositar lágrimas de noturno orvalho, de mágoa desiludida. A casa da família assassinada em 30 anos de prestações, o asfalto, as áreas de lazer, pílulas coloridas de calmantes, encobrem o desemprego, a miséria, entre outras necessidades. Chuva torrencial do c