Meu querido mestre Murilo Mendes Minhas palavras esculpem o teu corpo no azul do afresco do céu alado do teu deus, cavaleiro das fontes, poça sem fundo./ Olho por muito tempo o corpo de um poema Até perder de vista as janelas dos teus olhos de caos/ e sinto separado entre os dentes da memória,/ um filete de primavera de sangue nas gengivas, das bocas, nos becos de Minas, Lavadeiras sobem ladeiras Lavadeiras descem ladeiras carregam candeias nas mãos, Dormem na penumbra esperando anjos vingadores./ Dormem no outro tempo, dos mortos da sobrecasa/ Dormem no talco preto da terra prisioneira, das almas que vagam. Os demônios de Juiz de Fora estão soltos no discurso de difamação do poeta Chove paranoia contra o elogia à loucura, à poesia da casa do canário, que guardamos aprisionada na garganta para a hora exata de alimentar fantasmas. No cotidiano vazio e ruminante blues, ecos do murro no vitral da c...
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