Crítica destaca livro de prudentino Silvério da Costa “Cobra de Vidro”, de Rubens Shirassu Júnior, é um livro cuja poesia trajada a rigor, foge do convencional para inquietar e encantar o leitor com as sua ousadas ambivalências, fazendo-o refletir sobre o tudo e o nada existencial, numa linguagem densa, surrealista, em que se sobressai o pessimismo, seria niilismo? E o brado de revolta contra as injustiças de todos os quilates e latitudes, que nos são impostas por tudo e por todos os hipócritas de plantão, que não têm nada a ver com a realidade da vida. O seu discurso poético tem uma conotação polissêmica ao falar da vida e da morte, do céu e do inferno, da dor e do prazer, do mundano e do sagrado, do terreno e do transcendental, do certo e do errado, enfim, do culto à natureza que tem nos pássaros e nas cobras...