João Bernardo analisa, no livro Capital, Sindicatos e Gestores , um fenômeno singular: o desenvolvimento do capitalismo dos sindicatos. Ele é financiado diretamente por quantias extorquidas aos trabalhadores. As cotizações sindicais se constituem numa grande massa monetária que, se não for usada para fundos de greve ou apoio a outras lutas operárias, tende à desvalorização. Daí a razão dos sindicatos constituírem bancos próprios, adquirirem terrenos urbanos, empreenderem construções. Na medida em que o sindicato não concebe a aplicação desses fundos em outras formas de luta dos trabalhadores, ele realiza um investimento capitalista. As diretorias de sindicatos na Alemanha, na Suécia, nos Estados Unidos e em Israel, consentem em reduções salariais dos seus associados em troca de compra de ações de empresas, participação nos Conselhos de Administração e acesso a informações confidenciais. Utilizando inúmeros exemplos com empresas desses países, João Bernardo m...
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