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Mostrando postagens de setembro, 2024

Perfis históricos e escritores interioranos

  A revista literária Chico´s Cataletras, número 76, de setembro de 2024, de Cataguases, Minas Gerais, publicou o poema inédito “(Re)trato im(Prudente),” de Rubens Shirassu Júnior, de Presidente Prudente, na página 65 e a resenha “Sabores no corpo da memória,” sobre seu livro de ensaios “A literatura na degustação,” na página 79. A linha editorial da publicação com temática livre, inclui poemas, contos, crônicas, resenhas, anúncios de eventos, e na seção “Detalhes”, divulga concursos literários, lançamentos de livros, palestras etc. Destacam-se na publicação a tradução do poema “Eldorado – 1849,” de Edgar Allan Poe por Emerson Teixeira Cardoso (pág. 27) o perfil histórico e artístico do multiartista plástico Pury (pág. 9), autor da escultura “Mandala”, que ilustra a capa desta edição, “A literatura fora dos grandes centros,” de Hugo Pontes (pág. 74), “Cooperativa de poetas 40 anos,” de Cadu Cardoso (pág. 77). Tradição cultural Cataguases evidencia-se por ser uma cidade mode...

(Re) trato (im) Prudente

  Terminal rodoviário de Presidente Prudente   Lona imperfeita de eus em meus em multidão plantada em hastes, colinas amplas com topos suaves e ondulados: cidade inventada a cada pessoa.   Teus homens, mulheres e moribundos vestem a roupa rústica das manhãs à noite despertam os calçados da tarde ora com nuvens, ora sem elas.   Levam às ruas o coração fechado enquanto os olhares usurpam cores das feias calçadas fora de nível à quimera das vitrines atados estamos ao preço das coisas.   E a matéria vivida coexiste calada nos cômodos das mesmas casas soma de tantos gestos e sentenças manchas úmidas nas paredes gastas.   Quantos insones atravessam a tua noite acionam os remos largos da madrugada e no amanhecer fecham os olhos cansados, indiferentes à altivez dos edifícios.   Na praça da rodoviária aparecem as primeiras crianças – as que se interessam pela terra acreditam na sombra das árvores e acolhem faceiras a luz deste dia.   Com nenhuma cor retida...

Como folia carnavalesca

  A humanidade não pára de se divertir com grandes pileques tomados, subvertendo a ordem natural das coisas e colocando na árida rotina do cotidiano um pouco de lirismo, humor e poesia, e matéria-prima da vida simples, divertida, lírica, calma, de uma turma solidária, que sabia, principalmente, viver as coisas boas e, em certos momentos, refletir sobre o contexto que vivenciavam. Em 1980, ao chegarem no bar da Unesp, as pessoas saiam da gravidade burocrática, atiravam a máscara fora e passavam várias horas dizendo bobagens, xingando aqui, pagando rodadas de cervejas, cantando acolá. Não éramos mais a disciplina, a correção, a lei, o regulamento, éramos os coristas inebriados pela alegria de viver. Evoé, Baco! Como a folia carnavalesca, o grande burburinho dos frequentadores do bar da Unesp é que nos tirava do espírito as grandes preocupações da nossa árdua vida. Delicioso esquecimento! Bar é vício. Feito paquerar a cunhada, passar a mão na mulher do amigo, beijar no elevador a ...