A alma inteira se encerra como a memória das águas, no que, nas tempestades, entreabre-se das margens dos rios, das praias, seja nas dunas até as areias dos abismos. Algo de vertiginoso se desprendia daquelas existências amontoadas, inundando abundantemente, como se as cem mil almas que lá palpitam tivessem enviado, ao mesmo tempo, o vapor das paixões e da vida que nelas supunham. Aumenta diante do espaço e se enche de tumulto ao ouvir o vago burburinho que sobe, derrama para fora, sobre as praças, os passeios, as ruas e a velha cidade normanda estende-se aos olhos como uma capital, imensa, como uma Babilônia, na qual entram chiando as pedras nas poças de lama podre e crostas verdes, entre as longas valas negras e cheias de moscas varejeiras, vê-se a linha de terra amarela, ia estreitando no horizonte. Enfim, as palafitas e as favelas fazem-se mais próximas a terra ecoa sob as rodas, via-se pela...