Sou o nada que procura a abundante seara que o sol, o calor e a estiagem plantaram a sede, a fome, a dor, as doenças da desilusão. Nobres são os dias chuvosos que me contornam na estação, miragem da vontade maior, em contraste ao desencanto pelo fruto que não brotou do ventre da mãe-terra, cujas olheiras são vastas, fundas e tristes. A água e a pouca perspectiva são as algemas de nossa raiz embora a vinda do Messias, deitamos às sombras, cada qual em seu núcleo de orgulho e angústia, não se esquece com tamanha candura, a insuficiência dos apelos, o ouvir das promessas, um feixe de dias melhores obscurecido e sufocado pela apneia, o grunhido do estômago vazio. E a forte fé cega tornou-se esquálida e frágil para boiar em alucinada perturbação. Senti o coração estalar pelo pesado poço profundo plasmando o orgulho na retina do chão quando endurece em degredo. E o escoadouro não se isolou de mim. Quand...
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