Em 1968, Caetano Veloso cantava, devidamente vaiado pelos estudantes de esquerda, “É Proibido Proibir” (e outras palavras de ordem do Maio francês), rompendo com o tom grave e a falta de flexibilidade da prática política vigente. Soprava um vento libertário, um desejo de “responsabilidade existencial” contra um sistema de vida fechado e controlado por elites. Dois anos depois, abria-se um fosso definitivo entre os que, de uma maneira ou de outra, se beneficiavam das vantagens do “milagre econômico” e aqueles que, desarticulados, viam seus projetos ruírem ou nem sequer eram capazes de construí-los. Era o Brasil Grande, um “país que vai pra frente”, diante do qual restavam duas opções radicais: amá-lo ou deixá-lo. Num quadro de terror e crise a década de 70, progressivamente, vai se definindo como os anos do medo, da insegurança, da saúde, da competência e da qualidade técnica. Dentro do clima sufocado pela opressão, vários jornalistas e fotógrafos, em reuniões diárias, pedem aos
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