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Mostrando postagens de janeiro, 2021

Mil(es)ton(e)s blue

  No momento de medo e de incerteza a dor calada nas faces esquálidas pelas barrigas secas. Os seres fitam o poço sem fundo do calabouço de suas próprias misérias dispersas nas selfies das ruas. Essa população desidratada vaga com compulsiva fome pelas toneladas de socos nos corações ilhados. Fome de comida, uma lânguida imagem que retrata seus espinhos e melancolia. Essa música urbana triste se empresta à meditação. A dor na base do caule desse blue flor de concreto. Esse sofrimento e desejo azul, são tentativas de descrever em seus níveis mais profundos, do blue e sua atração que vara reto absorvendo oblíquo o desespero, a distância social e a perda de intimidade, entre tons.