No momento de medo e de incerteza
a dor calada nas faces esquálidas
pelas barrigas secas.
Os seres fitam o poço
sem fundo do calabouço
de suas próprias misérias
dispersas nas selfies das ruas.
Essa população desidratada
vaga com compulsiva fome
pelas toneladas de socos
nos corações ilhados.
Fome de comida, uma lânguida imagem
que retrata seus espinhos
e melancolia.
Essa música urbana triste
se empresta à meditação.
A dor na base do caule
desse blue flor de concreto.
Esse sofrimento e desejo azul,
são tentativas de descrever
em seus níveis mais profundos,
do blue e sua atração
que vara reto absorvendo oblíquo
o desespero, a distância social
e a perda de intimidade, entre tons.
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