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Mostrando postagens de abril, 2017

Busca do sagrado e feminino

O mito de Narciso representa o excesso de vaidade e egoísmo na sociedade atual    A dimensão não apenas histórica mas metafísica da Grécia é projetada na poesia de Dora Ferreira da Silva, no livro Hídrias , uma celebração ao ciclo das figuras femininas . O mistério da deusa são faces dessa divindade una: Artêmis, Afrodite, Gaia. Via de acesso a uma sacralidade arcaica, o poema anuncia o futuro, a larga tarefa, para os humanos, da busca de um ser-mais. Ártemis representa a luz solitária das alturas, o mundo selvagem, não-humano, a combi nação da ternura e da dureza, a proteção aos animais e a leveza da dança. Ártemis, enquanto nutriz de múltiplos seres, adorada em Éfeso , é uma variante da “Grande Mãe” e seu poder. A divindade é una. Na pluralidade das suas manifestações, o feminino é vida magnificada, vida abrangendo a totalidade de suas possibilidades, “harmonia de tensões opostas”, perpétua mutação e regeneração dos seres. A poesia d

Como dois bandoleiros

Ilustração O filho do homem por René Magritte   Num dos melhores romances no Brasil, o tema do pai, do filho e da indigência afetiva masculina Um peregrino em jornada à Terra Santa, na busca do Pai. Um território místico a ser palmilhado com espanto e minúcia – tudo pode ser, tudo é significativo. O cenário predomina mais do que o desfecho. Um mundo de homens, muito duro, afeto contido, emoção sempre clandestina. A relação pai e filho que se buscam como dois bandoleiros, dois “rudes bravos”, num saloon, é o cerne de Rastros do Verão , romance do gaúcho João Gilberto Noll, pela Editora Record. Um homem de 40 anos percorre as ruas de Porto Alegre em estado quase catatônico. Vários pontos aproximam o escritor e o personagem: ambos voltam, depois de muito tempo, a uma cidade quase estranha (Noll morava no Rio de Janeiro, desde 1969); ambos têm a mesma idade. Mas as semelhanças param aí. Noll encontrou seu pai aos 75 anos, muito doente: “

Cultura invisível em blog de Sobradinho

    O blog @liás.tpadua.com.br, de Tarcisio Pádua, jornalista e poeta, publicou em 17 de abril último, um artigo sobre as dificuldades da classe artística em vender o seu produto, entre outros fatores, pela política bolchevique de centralização e manipulação dos órgãos gestores de cultura aliados aos meios de comunicação, tornando a classe artística invisível aos olhos dos gerentes de marketing das agências de propaganda e empresas do Brasil. O texto intitula-se Zona Morta , uma análise profunda de Rubens Shirassu Júnior, escritor e poeta de Presidente Prudente, São Paulo. De conteúdo variado, o que prevaleça no informativo de Sobradinho e região, são as matérias jornalísticas, de utilidade pública e artigos que valorizam a rica cultura do País e a internacional. Tarcisio Pádua, editor e jornalista do blog @liás, tem bacharelado em Comunicação Social pela UniCEUB, pós-graduação em Ciência Política pela Universidade de Brasil

Radiografia da sociedade atual

O contista Rubens Shirassu Júnior nem é ingênuo e nem pretensioso a ponto de esperar que uma narrativa sua possa ter a força de alterar o curso da História ou mesmo de influir na solução de alguns dos muitos e complexos problemas do homem moderno. Seja como for, Sombras da Teia vale como um gesto e um protesto, orientados ambos para um equilíbrio em todos os aspectos e para um melhor entendimento entre as criaturas humanas, acima de diferenças sociais, econômicas, religiosas ou políticas. O escritor deve ter compreendido, há muito, que não podia continuar preso à sombra de uma grande teia de renda negra, silencioso e omisso, vendo e sentindo o mundo e as dores de seu tempo através apenas de notícias da internet e da televisão. Link de acesso ao item "Livraria" do site da Editora Penalux: https://www.editorapenalux.com.br/loja/index.php?cPath=31&sort=2a&page=3&osCsid=854f6bb92e77cece388b3f1346569621

O subterrâneo da desordem

“A obra viaja pelos becos sem saída e escuros, por esquinas inquietas e desertas, por ruas em madrugadas quentes ou frias, por galerias, redes de esgoto, cheiros, fedores e suores, sangue e lágrima, cinzas e fumaças, cerveja barata e pontos de drogas, botecos de ponta de vila, trabalhadores insones, gente rica hipócrita, por sanduíches de carne moída, coxas, cadeias, centros de recuperação, por tatuagens, pistolas, facas, batons, sexo e gozo, gosto e desgosto numa espécie sem fim de violência, onde em meio ao ódio o amor se manifesta como passos para a chantagem, para se levar vantagem.” José Caetano Silva Sociólogo e educador de Presidente Prudente, São Paulo Link de acesso ao item "Livraria" do site da Editora Penalux: https://www.editorapenalux.com.br/loja/index.php?cPath=31&sort=2a&page=3&osCsid=854f6bb92e77cece388b3f1346569621