Proust criou um estilo único no século XX A decadência e os últimos fulgores do idealismo estético das classes abastadas Marcel Proust via a sua “Recherche” como um “monumento druídico”, no qual, dizia, era possível “telescopiar” a rotação dos sentimentos, das idéias, dos seres. Não exagerava. Seu romance, além de um impressionante triunfo espiritual do autor sobre si mesmo, é também uma construção intelectual completa. Mas, parece inacreditável que tenha sido possível. Proust, que “morreu por não saber como se abre uma janela e se acende uma lareira” (como diagnosticou o seu editor Jacques Rivière), incapaz de desfazer-se da figura da mãe, um doente penosamente imaginário, além de metido durante anos na atracação inessencial e mundana dos salões de antes da Guerra de 14, parecia votado a um fracasso irredimível. ...
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