Um convicto jardineiro de poemas. Entrega-se aos acasos para poder vislumbrar detalhes ou cenas quaisquer, donde se depreendesse o sinal possível, espiralado, que permite o estirar de uma frase natural. O poeta sempre atento na ponta dos olhos, aceita a emendar palavra com palavra em meio à limpeza das mesas poéticas; não quer a poesia remediada, de tato virtual, nem a fria plumagem da língua. Prefere o exercício diário na sua residência ou nas ruas e avenidas. Colhe as coisas nas estrelas e tenta tocar suas mãos ansiosas no girassol em chamas, o sol, revira a natureza, os olhos sob as fases da lua. Quanto mais se distancia do cotidiano corriqueiro e letárgico, sorve melhor a atenção dos encontros. Gosta de viajar para longe, bem longe, até que o cansaço o faz surpreender-se com a imagem solitária de um tronco de árvore ou com os rabiscos de um muro que circunda um terreno baldio lotado de entulhos. Joilson Portocalvo, o arqueiro poeta em Quintal do meu coração , de olhos a...
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