“ A vida te pertence. Os alvoroços, as iras e entusiasmos,
que cultivas são as rosas do tempo, inquietas, vivas.”
Carlos Drummond de Andrade
A flor azul é a essência do teu relicário
Ela guarda a meta
- vaga seta, retas, rotas
nas asas do gavião verde,
nas mãos, a maleta de bagagem,
lotada de histórias com partidas,
entre lágrimas, risos de surpresas,
flash de alegrias, momentos de desatino,
para o andarilho e seu sobretudo das decepções.
Essa tal distância que tira a intimidade,
encontros, desencontros, despedida das lentes
prudentes city blues,
sonora garoa da saudade e tristeza,
do andarilho solitário, cansado dos perigos
da vida de viajante
no caminho com nuvens no sapato,
Seja o rio que deflui,
estalando em fúria,
mar adentro das marcas dos sapatos,
dos vitrais, você ensaiou a Estrela,
das flores inventou Orientes.
Os seus pés calçados ritmando o som
nas folhas que desenham brumas de inverno,
galochas de verde absinto
na estrada amarela desidratada.
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