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A Importância das Referências Culturais






Textos atraentes, contextualizados e interpretados














            Uma equipe de quatro estudantes de jornalismo, do curso de Comunicação Social, da Universidade do Oeste Paulista (Unoeste), câmpus de Presidente Prudente, elaborou a Prisma, que pretende sair do tradicional no que se refere à produção de revistas online. A publicação oferece informações mais aprofundadas de suas matérias, conforme o texto disposto no item “Quem Somos” do site. Seu projeto editorial propõe um conteúdo informativo para o internauta que seja atraente, contextualizado e interpretado. Busca-se, também, mostrar ângulos diferentes sobre o mesmo assunto, tencionando incorporar os amplos e variados recursos da internet ao estilo característico do gênero magazine.”
            Integram a equipe da revista online, que apresentou o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC): Violeta Araki, Produção e Reportagem, Letícia Quirino, Redes Sociais e Fotografia, Vinícius Pacheco, Editor-Chefe e Edição e Eduardo Rizzo, na Coordenação de Web.
        Na matéria “Luz, Som e Palavra”, acerca das referências culturais, a exemplo de livros, filmes e músicas, que tiveram o papel importante na vida de três produtores culturais e uma estudante de Pedagogia da Unesp, ambos de Presidente Prudente, como Luiz Dale, especialista em cinema e documentário, Paulo Moreira, músico, Rubens Shirassu Júnior, escritor e a Vanessa, no clipe-depoimento “Quer Conhecer as Referências Culturais da Vanessa?”


Clique e conheça o novo projeto editorial e gráfico:











Luz, Som e Palavra











Descubra como referências culturais sobre livros, músicas ou filmes se refletem na vida das pessoas



de Violeta Araki




Rubens Shirassu Júnior




Os clássicos vivem para sempre nos autores que continuam a buscar inspiração nos grandes nomes da literatura. Descubra com a história do escritor prudentino Rubens Shirassu Júnior como eles são capazes de resistir ao tempo.



Violeta Araki
Crédito:Letícia Quirino






            O escritor Rubens Shirassu Júnior com o primeiro livro que ganhou de seu pai, aos 10 anos.
            Era uma viagem sem volta. Estava inteiramente possuído por ela e pela forma sagaz como ela o conduzia naquele desconcertante jogo de suspense. Ele era apenas um garoto que podia muito bem amar os Beatles e os Rollings Stones, mas acabou verdadeiramente apaixonado pela literatura. Lúcia Machado de Almeida foi quem despertou este encanto em sua adolescência.
            Para o escritor prudentino Rubens Shirassu Júnior, O escaravelho do diabo foi o livro que mais teve impacto quando garoto. “Acho incrível a maneira como a Lúcia construiu este romance policial, realmente feito para a gente devorar. E eu até ficava roteirizando em quadrinhos a história”, afirma.
            Apesar de ter sido decisivo pelo fato de o impulsionar a escrever, O escaravelho do diabo não foi o única obra que marcou a juventude de Rubens. Quando volta um pouco mais ao passado, também se lembra de Meu Pé de Laranja Lima (de José Mauro de Vasconcelos), livro que ganhou de seu pai aos 10 anos e que resiste ao tempo. “Até hoje tenho ele guardado”, diz.
            Mais tarde, a porta continuou aberta para que outros autores entrassem em sua vida. Um a um, foram tomando espaço até a casa ficar cheia de livros e a mente de Rubens, cheia de ideias. Não demorou para que também se sentisse encorajado a fazer parte do time de escritores e logo seus textos já figuravam nas páginas de um jornal de Brasília. Vieram poesias, crônicas, resenhas e, em pouco tempo, os primeiros livros.
            Em sua produção a imagem sempre teve influência muito forte. “Se eu não conseguir visualizar a cena, não dá para escrever”, argumenta. No livro de poemas Cobra de Vidro, por exemplo, Rubens explora o surrealismo em vários textos, herança de outras referências literárias, como o poeta surrealista Murilo Mendes e os hai-kais (aqui dá para linkar para a pessoa saber o que é hai-kai) japoneses.
            Escreve ele na poesia Teu riso: “Guardo a primavera das borboletas sem voz/dançando veludosamente / o sentido está enclausurado/ conchas do mar/ rosto com que te miro/ no período vento/ a teu ouvido// no teu sorriso suspenso/como um beijo malogrado.”
        Principalmente na literatura, faz toda a diferença buscar inspiração e aprimoramento em obras dos grandes nomes. Em Radiografia do Homem Ordinário (do livro Cobra de Vidro), Rubens costura a poesia com alusões à imortal Tabacaria, de Fernando Pessoa.
            “Agora estou com os sonhos de todo mundo/ agora estou com a candura dos vinte anos/ rangendo e desfiando minhas fibras, perdi todas as provas/ como não tinha artimanha, quem sabe fosse idolatria/ não tenho o carro e a lógica dos imperadores./ As lições de malícia perdera-as na floresta./ Fui até outros campos e só encontrei veneno e cogumelos/ E quando ancorava, com grande revalia, a ilha era sempre idêntica [...]”.
            Ao lado dos poemas de Fernando Pessoa, os contos de Franz Kafka despontam como os preferidos de Rubens na fase adulta. Ele os entende como um espelho do mundo burocratizado que vive a sociedade. “Um conto do Kafka que me marcou é A Construção, porque é sufocante, a gente se sente como um animal numa toca tentando sair”, observa.
            A relação de leitor e autora com a brasileira Clarice Lispector, embora travada no início, se mostrou promissora conforme crescia o grau de compreensão de sua literatura. Rubens diz que leu sua obra da primeira vez e não entendeu nada. “Mas quando você faz uma leitura sem compromisso, ela te fisga e te traz para dentro da história. Você começa a fazer uma autoanálise e se não tiver coragem, você para de ler porque ela é muito envolvente”, emenda o escritor. “Eu vi livros dela até no Japão”, atesta.
            Os clássicos já nascem eternos. Ao menos, é nisso em que acredita o escritor. São como pinturas de grandes mestres: toda vez que olhamos para elas, notamos um detalhe que passara despercebido até então. “Literatura boa é isso, você deve transmitir uma mensagem, instalar um mistério nas entrelinhas. Sempre que lê as grandes obras, você é capaz de descobri uma coisa nova”, ressalta.




Mergulhe



Blog de Rubens Shirassu
Conheça o trabalho do escritor
http://www.rubensshirassujr.blogspot.com/


Literatura: Livros que inspiram canções
Muitos clássicos da literatura universal foram referências para composições de músicas, acompanhe:

"For whom the bell tolls", Metallica
Inspirada no livro "Por quem os sinos dobram", de Ernest Hemingway, que utilizou a sua experiência pessoal na Guerra Civil Espanhola para compor o romance, assim como no poema de mesmo nome de John Donne.


"Admirável Chip Novo", Pitty
O primeiro álbum da Pitty tem várias inspirações em obras literárias. E essa música é uma referência ao romance "Admirável Mundo Novo", de Aldous Huxley.


"1984", David Bowie
Parte do álbum "Diamond Dogs", com músicas inspiradas no romance homônimo de George Orwell.


"Tom Sawyer", Rush
Inspirada no protagonista que dá nome ao romance de Mark Twain.


“The Fool On The Hill” - The Beatles
O livro “The History of Tom Jones, a Foundling”, do inglês Henry Fielding, mais conhecido como “Tom Jones” foi a referência dos Beatles para compor a canção “The Fool on the Hill”, do disco “Magical Mystery Tour”.






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