O
temporal se desdobra
na
cidade sem maquiagem.
Um
estranho rosto
que
se multiplica
em
milhares de faces desiguais
rasgando
véus,
desvendando
os desencantos
das
feridas expostas
pelo
sol.
Quero
o grande amor
revolto
se derramando
na
aridez das longas praias
da
solidão das ilhas desertas,
das
dunas intocadas.
Extravasando
aflito sua dor imensa.
Impaciente
espero que a tempestade ácida
derreta
os guarda-chuvas do medo,
que
o apavoramento cesse,
afogando
os discursos dos camelôs
do
ego e dos pastores
de
almas leigas.
Entre
a terra e o céu -
as
asas, como o sal, o salário
e
a saúde – sementes de sobrevivência,
sombras
de sangue no sol.
Entre
todas as distâncias -
a
palavra no grito
que
não consente o ódio no preconceito.
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