(Segunda Parte) Em 1960, é publicada em Lisboa a antologia “ A nova poesia brasileira ”, de Alberto Costa e Silva, com poemas de Lupe . Surge no ano seguinte “ Entre a flor e o tempo ”, pelo qual a autora recebe menção honrosa do prêmio Pen Clube de São Paulo. No texto de orelha do livro, Cassiano Ricardo propõe uma conversa imaginária entre a poeta e seu leitor, engendrada a partir de versos de Lupe. “Bastará ser lúcido para ser poeta?”, pergunta o leitor, ao que a poeta responde: “ Trata-se não de uma simples lucidez, mas de uma ‘lucidez encantada ”. Entre a defesa do amor contra o vazio (“ Que o amor assim perdido se conforme / e renasça na forma de outro amor ) e um olhar crítico sobre a poesia de seu tempo (“ Isoladas, as palavras são mudas. / (…) / Falam, / quando entranhadas / na carne vivida de nossa vida .”), a autora já expressa nos poemas de “Entre a flor e o tempo” sua necessidade de realização como poeta “ na medida de sua concepção de mundo ”. Começa aí, ou...
Desde 1980 divulgo as literaturas local, regional, estadual e nacional!