( Terceira Parte )
De
acordo com Nunes (2000, p.108) Anísio Teixeira permaneceu por seis meses nos
Estados Unidos. De maio a novembro, lá, entrou em contato com propostas
educacionais que fizeram despertar o interesse pelas características da
educação Americana.
Lima
(1978, p.60/61) enfatiza que a lição veramente importante aprendida por Anísio
Teixeira da experiência educacional americana é que mediu com os próprios olhos
o papel de um sistema educacional na história da civilização mais
industrializada, rica e poderosa. Não se limitava a educação ao processo de
conservar e envernizar o estabelecido, mas igualmente se destinava a expandir e
mudar. O arsenal americano de teorias e práticas pedagógicas opunha-se a
concepção elitista de sua formação católica jesuítica. Fadado a dividir os
indivíduos não por aptidões de inteligência, mas por classes da estrutura
social, o elitismo filia-se a concessão aristocrática da vida.
Recém chegado dos Estados Unidos, Anísio
Teixeira tentou colocar em prática não só os princípios pedagógicos
escolanovistas, mas, também, tentou implementar uma política educacional para o
Distrito Federal que viesse no sentido da democratização do ensino, no estilo
típico do novo liberalismo americano que via no redirecionamento da escola o meio
eficaz de diminuir as desigualdades sociais geradas pelo capitalismo.
(GHIRALDELLI JR.2001).
Nas
palavras de Teixeira (1985, p.388) fica claro o que Anísio Teixeira pensava
sobre educação, dentro de um processo de cultivo ou de cultura, há de ser
sempre algo em permanente mudança, em permanente reconstrução, a exigir, por
conseguinte, sempre, novas descrições, análises novas e novos tratamentos.
Em
relação à educação escolar, Anísio Teixeira assim pensava:
É uma necessidade, em nosso tipo de
civilização, porque não há nível de vida em que dela não precisemos para fazer
bem o que, de qualquer modo, teremos sempre de fazer. Deste modo, a sua função
é primeiro a de nos permitir viver eficientemente em nosso nível de vida e
somente em segundo lugar, a de nos permitir atingir um novo nível, se a nossa
capacidade assim o permitir (TEIXEIRA, 1985, p.397).
Em
sua trajetória de vida e pelos caminhos marcantes de mudanças na educação
brasileira, Anísio Teixeira, no ano de 1932, tornou-se um dos signatários do
Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, que divulgava diretrizes de um
programa de reconstrução educacional para o país.
Para
Lemme (2005) o manifesto dos pioneiros tinha por objetivo principal indicar
rumos que consolidassem a obra de renovação que pretendiam realizar em todos os
setores da vida nacional.
Em
1935, criou a Universidade do Distrito Federal do Rio de Janeiro, e a ela
incorporou a Escola de Professores com o nome de Escola de Educação (SAVIANI,
2008).
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