Na
última edição da revista Chico´s, número 74, de Cataguases, Minas Gerais, os
editores desta publicação mensal escolheram
sete haicais de Rubens Shirassu Júnior, de Presidente Prudente, São
Paulo. “Os pequenos poemas inéditos foram escritos no período de sete anos para
cá – diz o escritor, pesquisador, ensaísta e pedagogo.
Histórico
cultural
Cataguases
evidencia-se por ser uma cidade modernista, onde reflete a valorização da
cultura. Várias de suas construções são assinadas por nomes consagrados, como
Oscar Niemeyer, Burle Marx, Cândido Portinari, Paulo Werneck, ZanZach, Joaquim
Tenreiro, Francisco Bologna e José Inácio Peixoto.
Humberto
Mauro, um dos pioneiros do cinema nacional, rodou na cidade o filme “Valadão.”
Possui também um rico acervo artístico e arquitetônico. Seriam seis centros
culturais, cinco estabelecimentos de ensino superior, dois museus e vários
eventos culturais que acontecem durante o ano.
O
município tem uma história singular, não é do passado e nem do futuro. E, sim,
do tempo das realizações do presente. Cataguases nasceu sob o signo da expansão
dos horizontes, cresceu com os trilhos do café e se formou com o concreto da
arquitetura moderna. Sua história mostra-se viva e pulsante, correndo em
paralelo às águas do rio Pomba. Uma cidade para hoje, para sempre.
Poucas
cidades brasileiras foram (e continuam sendo) tão geradoras de cultura como a
pequena Cataguases, de 74 mil habitantes, localizada na Zona da Mata do Estado
de Minas Gerais, a 320 quilômetros de Belo Horizonte.
Entre
as muitas manifestações culturais que a tiraram do limbo da História, estão a
publicação da revista Verde (editada nos anos 20, tendo Oswald e Mário de
Andrade que homenageam juntos, assinando “Marioswald”, os poetas da revista:
“Tarsila não pinta mais/ Com verde Paris / Pinta com Verde / Cataguases / Os
Andrades / Não escrevem mais / Com terra roxa / NÃO! / Escrevem / Com tinta
Verde / Cataguases”. No gênero musical, a referência de Patápio Silva
(1880-1907), que ficou conhecido mais tarde pela voz terna do cataguasense
Lúcio Alves (1925-1993).
A
par disso, houve ainda a presença de vários literatos que deixaram a sua marca
na história da Literatura Brasileira, como Rosário Fusco (1910-1977),
Guilhermino César (1908-1993), Ascânio Lopes (1906-1929) e Francisco Inácio
Peixoto (1909-1986), sem contar os de geração mais recente, como Joaquim
Branco, Ronaldo Werneck, Luiz Ruffato e outros.
O
autor
Sete
livros lançados, entre os gêneros relato de viagem, crônica, ensaio, resenha,
artigo, poesia e conto. Seu poema “O reino do interno” foi interpretado por
duas vezes, no programa “Provocações” de Antônio Abujamra e Gregório Bacic, na
TV Cultura, canal 2, São Paulo. Quatro haicais, de sua autoria, foram
selecionados na revista literária virtual “Arvoressências”, da comunidade
brasileira de Paris, França. Teve o artigo “Na ponta da língua dos escritores”
citado na tese de doutorado “Comidas, prazeres, gozos e transgressões”, de Angelina
Bulcão Nascimento, Editora Universidade Federal da Bahia (Edufba), 2007,
Salvador, Bahia.
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