Pular para o conteúdo principal

Rubens Shirassu, "Cidadão Prudentino"





Foto de Altino Correia





Ele viveu o auge da “Era do Rádio”, nos anos 40 e 50, quando
havia boa aceitação dos anunciantes e do público em geral




Numa noite agradável, da última sexta-feira (06.07), às 20h15, o jornalista, radialista e publicitário Rubens Shirassu reuniu familiares, parentes, amigos e colegas de profissão. Na abertura do evento, Alba Lucena Gandia, presidente da Câmara de Presidente Prudente pediu para compor a mesa Izaque Silva, vereador e autor da proposta, Nico Rena, vereador, o homenageado e sua nora Ellen Vargas Aglio, podóloga, massoterapeuta e acupunturista, Neif Taiar, jornalista e incentivador da proposta, José Rubens Shirassu, filho do homenageado, jornalista, revisor de textos, escritor e poeta, Nilton Mescoloti, empresário e radialista, Wilson Portella, assessor parlamentar representando o deputado estadual Mauro Bragato e Telma Mendes, representando Sueli de Castro, atual Secretária Municipal de Cultura da cidade. Estavam presentes ainda Ipo Watanabe (ex-vereador da cidade) e sua esposa, ambos de São Paulo, Maria Terêsa Shirassu, jornalista e sobrinha do Rubens, Hercília Drimel e Aparecida Arfeli, cunhadas do homenageado, Aparecido da Silva Aglio, policial militar, e sua esposa Sueli Vargas Aglio, esteticista, Edvaldo Peruzzo, publicitário, Altino Correia, jornalista, Nelson Mattos, representante comercial, Edson Buck, químico, e Josué Alves Macedo, do PSOL.
Em seguida, o vereador Izaque Silva expôs a vida e a carreira de Rubens Shirassu tanto na radiofonia, produzindo novelas, crônicas, programas e administrando as mesmas, na locução, lendo crônicas de Geraldo Soller, além da prosa e poesia dos colaboradores das emissoras, mesclando com a atividade de contato comercial, entre rádios e jornais, produzindo matérias e revistas comerciais. Nesta época, produziu textos para os jornais Correio da Sorocabana, na fase de seu fundador Gabriel Octávio de Souza, A Voz do Povo de Camel Farah, A Região de Álvaro Gomes de Souza e Folha da Região de Neif Taiar. Na década de 70, exerceu a função de contato comercial para o jornal O Imparcial, convidado pelos seus diretores: Deodato da Silva, Mário Peretti e Adelmo Soares Reis Vanalli. Juntamente com Sérgio Antonio e Altino Correia, abrem a NIP (Nova Imagem Propaganda), uma das primeiras agências de propaganda, ao lado da Guldy Publicidade, de João Toledo Flores, em Presidente Prudente e região.
No início dos anos 80, a convite do professor Agripino Lima monta e administra o departamento comercial do jornal Diário de Presidente Prudente (atual Oeste Notícias). Dali em diante, trabalha exclusivamente na área de publicidade e propaganda, criando textos para anúncios, catálogos, folders, spots para rádios e TVs, banners, faixas, back lights, outdoors, entre outros recursos gráficos visuais. Exerceu ainda as funções de assessor parlamentar de Tadashi Kuriki e da prefeitura de Santo Anastácio, no governo de Ivandro Maciel Sanches.
Já o jornalista Neif Taiar ressaltou o seu cabedal cultural e a maleabilidade em desenvolver com muita competência, profissionalismo, o que se chama nos dias de hoje de multimídia, coordenava a programação de shows e os famosos programas de auditório, um marketing que favorecia os patrocinadores e elevava o índice de audiência e participação dos ouvintes da radiofonia na cidade e região oeste do Estado. Contribuindo também à popularidade, ao poder de atingimento por faixas etária e social  de público do veículo. Num breve depoimento, o revisor de textos e escritor José Rubens Shirassu complementou o pensamento de Taiar, destacando o ecletismo de seu pai demonstrado pelas funções que assumiu, razão que sempre cita-o como referência à educação dos cinco sentidos de escritor ou de pensador. “Um documento vivo, como Nilton Mescoloti, Neif Taiar e Altino Correia, aqui, presentes, do rádio feito com muita ousadia, coragem, determinação, perseverança e espírito de equipe que havia, fizeram, sim, a diferença, como precursores de muitas ideias que vemos hoje, principalmente, na televisão. Usando os poucos recursos disponíveis de sonoplastia, conseguiam produzir programas criativos, de boa aceitação popular, sadios e de boa qualidade informativa e de entretenimento”. – destaca o mesmo.
Atualmente, presta serviços como revisor de textos em geral às agências publicitárias.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O PAU

pau-brasil em foto de Felipe Coelho Minha gente, não é de hoje que o dinheiro chama-se Pau, no Brasil. Você pergunta um preço e logo dizem dez paus. Cento e vinte mil paus. Dois milhões de paus! Estaríamos assim, senhor ministro, facilitando a dificuldade de que a nova moeda vai trazer. Nosso dinheiro sempre se traduziu em paus e, então, não custa nada oficializar o Pau. Nos cheques também: cento e oitenta e cinco mil e duzentos paus. Evidente que as mulheres vão logo reclamar desta solução machista (na opinião delas). Calma, meninas, falta o centavo. Poderíamos chamar o centavo de Seio. Você poderia fazer uma compra e fazer o cheque: duzentos e quarenta paus e sessenta e nove seios. Esta imagem povoa a imaginação erótica-maliciosa, não acha? Sessenta e nove seios bem redondinhos, você, meu chapa, não vê a hora de encher a mão! Isto tudo facilitaria muito a vida dos futuros ministros da economia quando daqui a alguns anos, inevitavelmente, terão que cortar dois zeros (podemos d

Trechos de Lavoura Arcaica

Raduan Nassar no relançamento do livro em 2005 Imagem: revista Usina             “Na modorra das tardes vadias da fazenda, era num sítio, lá no bosque, que eu escapava aos olhos apreensivos da família. Amainava a febre dos meus pés na terra úmida, cobria meu corpo de folhas e, deitado à sombra, eu dormia na postura quieta de uma planta enferma, vergada ao peso de um botão vermelho. Não eram duendes aqueles troncos todos ao meu redor velando em silêncio e cheios de paciência o meu sono adolescente? Que urnas tão antigas eram essas liberando as vozes protetoras que me chamavam da varanda?” (...)             “De que adiantavam aqueles gritos se mensageiros mais velozes, mais ativos, montavam melhor o vento, corrompendo os fios da atmosfera? Meu sono, quando maduro, seria colhido com a volúpia religiosa com que se colhe um pomo. E me lembrei que a gente sempre ouvia nos sermões do pai que os olhos são a candeia do corpo. E, se eles er

O Visionário Murilo Mendes

Retrato de Murilo Mendes (1951) de Flávio de Carvalho Hoje completaram-se 38 anos de seu falecimento Murilo Mendes, uma das mais interessantes e controvertidas figuras do mundo literário brasileiro, um poeta difícil e, por isso mesmo, pouco divulgado. Tinha uma personalidade desconcertante, sua vida também constitui uma obra de arte, cheia de passagens curiosas de acontecimentos inusitados, que amava Wolfgang Amadeus Mozart e ouvia suas músicas de joelhos, na mais completa ascese mística, não permitindo que os mais íntimos se acercassem dele nessas ocasiões. Certa vez, telegrafou para Adolph Hitler protestando em nome de Mozart contra o bombardeio em Salzburgo. Sua fixação contemplativa por janelas foi assunto do cronista Rubem Braga. Em 1910, presenciou a passagem do cometa Halley. Sete anos depois, fugiu do internato para assistir ao brilho de outro cometa: Nijinski, o bailarino. Em ambos os casos sentiu-se tocado pela poesia. “Na