Ilustração de Jean Cocteau
Minha
hora plena de amplidão
tinge meus olhos de clorofila
dentro da região sombria
zona vermelha
e escondida
na
mata cinzenta
onde
todo gesto pelos sentidos
desliza
para dentro como ser elemental,
materializado
e solto
nas pedras
resignadas do caminho.
Do ventre
equatorial da terra fértil,
colho os
frutos e flores
das
sensações diversas e alegres.
Sou um
grão de areia, um hóspede da natureza
rodeado pelas
fraternais luzes que entoam:
- Toda
hora é ouro e sagrada
pela brisa
leve, serena e soprada pelo jardim
das águas
e matagais, iluminadas pelo sol da meditação!
Estou possuído
desta mesma paixão selvagem
Evoco
os espíritos pondo a minha máscara ritual
Resgato
o nome primitivo de peso e agilidade
de
registro ancestral
congelado no
tempo.
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