O velho guitarrista de Pablo Picasso
Para Luiz Antonio Carneiro
Eu
sou da geração
que
pôs colares
de
gemas na alvorada
Eu
sou da geração
que
ouve o solo rasgado
de
guitarra
que
soa bem longe.
Estridente
soluço das almas
perdidas
de sonhos, inquietações,
medos,
incertezas,
lágrimas
de tristezas.
Você
não sabe
esfinge
de sal
o
muito que minha geração
quer
a aurora
clave
de sol,
apesar
do temporal,
meu
pássaro chora
pelo
vento seco,
que
perpassa os vãos
das
grades frias.
Meu
pássaro chora
solo
de música
que
soa longe
foge
por sua boca redonda.
E,
assim a aranha tece
fio
por fio uma grande estrela
cheia
de orvalho
dos
suspiros compostos
pelas
folhas de almíscar
que
boiam no seu negro
precipício
poente de madeira.
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