A
revista literária Chico´s Cataletras, número 76, de setembro de 2024, de Cataguases,
Minas Gerais, publicou o poema inédito “(Re)trato im(Prudente),” de Rubens
Shirassu Júnior, de Presidente Prudente, na página 65 e a resenha “Sabores no
corpo da memória,” sobre seu livro de ensaios “A literatura na degustação,” na
página 79. A linha editorial da publicação com temática livre, inclui poemas,
contos, crônicas, resenhas, anúncios de eventos, e na seção “Detalhes”, divulga
concursos literários, lançamentos de livros, palestras etc.
Destacam-se
na publicação a tradução do poema “Eldorado – 1849,” de Edgar Allan Poe por
Emerson Teixeira Cardoso (pág. 27) o perfil histórico e artístico do multiartista
plástico Pury (pág. 9), autor da escultura “Mandala”, que ilustra a capa desta
edição, “A literatura fora dos grandes centros,” de Hugo Pontes (pág. 74),
“Cooperativa de poetas 40 anos,” de Cadu Cardoso (pág. 77).
Tradição
cultural
Cataguases
evidencia-se por ser uma cidade modernista, onde reflete a valorização da
cultura. Várias de suas construções são assinadas por nomes consagrados, como
Oscar Niemeyer, Burle Marx, Cândido Portinari, Paulo Werneck, ZanZach, Joaquim
Tenreiro, Francisco Bologna e José Inácio Peixoto.
Humberto
Mauro, um dos pioneiros do cinema nacional, rodou na cidade o filme “Valadão.”
Possui também um rico acervo artístico e arquitetônico. Seriam seis centros
culturais, cinco estabelecimentos de ensino superior, dois museus e vários
eventos culturais que acontecem durante o ano.
O
município tem uma história singular, não é do passado e nem do futuro. E, sim,
do tempo das realizações do presente. Cataguases nasceu sob o signo da expansão
dos horizontes, cresceu com os trilhos do café e se formou com o concreto da arquitetura
moderna. Sua história mostra-se viva e pulsante, correndo em paralelo às águas
do rio Pomba. Uma cidade para hoje, para sempre.
Poucas
cidades brasileiras foram (e continuam sendo) tão geradoras de cultura como a
pequena Cataguases, de 74 mil habitantes, localizada na Zona da Mata do Estado
de Minas Gerais, a 320 quilômetros de Belo Horizonte.
Entre
as muitas manifestações culturais que a tiraram do limbo da História, estão a
publicação da revista Verde (editada nos anos 20, tendo Oswald e Mário de
Andrade que homenageam juntos, assinando “Marioswald”, os poetas da revista:
“Tarsila não pinta mais/ Com verde Paris / Pinta com Verde / Cataguases / Os
Andrades / Não escrevem mais / Com terra roxa / NÃO! / Escrevem / Com tinta
Verde / Cataguases”. No gênero musical, a referência de Patápio Silva
(1880-1907), que ficou conhecido mais tarde pela voz terna do cataguasense
Lúcio Alves (1925-1993).
A
par disso, houve ainda a presença de vários literatos que deixaram a sua marca
na história da Literatura Brasileira, como Rosário Fusco (1910-1977),
Guilhermino César (1908-1993), Ascânio Lopes (1906-1929) e Francisco Inácio
Peixoto (1909-1986), sem contar os de geração mais recente, como Joaquim
Branco, Ronaldo Werneck, Luiz Ruffato e outros.
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