Este
é um registro sobre o trabalho da Capoeira
na Longevidade em Presidente Prudente. O autor, Doutor em educação física,
convive com estes idosos a experiência fantástica e extremamente enriquecedora.
Nos mais de 21 anos de carreira, pôde se comover contemplando cenas maravilhosas.
Entretanto, ainda está conhecendo a população idosa que vive invisível na
sociedade. Uma geração, à qual, também pertencerei daqui há cinco anos a este público.
Assim, a longevidade (terceira idade) luta pela liberdade de se integrar à
sociedade.
Nelson
Hilario Carneiro, também Mestre capoeirista, tinha algumas informações sobre a
longevidade, eram no que descreve aos assistir reportagens, livros e estudos,
em sua maioria desinformados, uma grande parte silenciosa sufocada pelo
isolamento. E se perguntava, então, se todos seriam assim, ou quantos, afinal
seriam assim. E indagava, também, uma coisa fundamental: por que seriam assim?
Não, certamente, por sua própria culpa. Ninguém se imola, por sua própria
conta, no altar da ignorância. Nelson Hilario Carneiro pensava, então, numa
pesquisa e trabalho de campo, com objetivo de traçar um perfil destes idosos
sobre o qual se restringe tanta coisa. E refletia, também, em conhecê-los de
perto. Sondar seus corações e suas mentes. Viver com eles – como se fosse um
deles.
Este
relato, não é, como a propaganda publicitária que exalta a juventude, a beleza
do corpo esbelto, uma visão de certa parte discriminatória da longevidade. O
autor procura ser, na medida do possível, isento. Mestre Nelson tornou-se um
deles, de certa forma, e relata agora suas experiências no seu meio.
O
professor e Doutor Nelson Hilario Carneiro reproduz, no livro, com fidelidade,
os resultados das ações do projeto “Capoeira
na Longevidade – Uma abordagem didática para o envelhecimento ativo.” Muito
do que está descrito neste livro só o pôde ser graças ao foco, a dedicação e a
coragem destas pessoas idosas, à sua comovente esperança de algum dia as coisas
sejam melhores do que são hoje.
Apesar
da inércia, a apatia, o completo desinteresse de grande parcela dos jovens, que
não desejam se interar ao demonstrarem estereótipos latentes sobre a
longevidade, seja no olhar, seja expressando verbalmente “perder tempo”
convivendo e, principalmente, ouvindo o conhecimento adquirido por esses seres
humanos.
Espero
que a esperança supere o preconceito, que dói como ferro em brasa deixando
marcas profundas na alma e na mente da população idosa – que as coisas sejam
diferentes no futuro.
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