(Quarta Parte) À procura de formas o trágico acabou por se adaptar a forma literária escolhida para se manifestar, desligando-se, assim, do conceito puro de tragédia, pautando-se mais na fenomenologia literária do mesmo. O trágico não pode ser pensado através de uma reconciliação racional, mas da exposição dos extremos. A tragédia deve ser tomada como modalidade de apreensão artística do espírito do trágico, em um âmbito geral. Ao se tentar escrever pretende-se expor justamente aqueles conflitos que se agitam no interior da realidade moderna e de que o sentido do trágico se alimenta. Pode-se dizer que na concepção moderna o trágico é o conflito apresentado como chaga. Compara-se, de certa maneira, o herói da tragédia grega e a pessoa comum moderna: a vontade, para ambos, não se modificou ao longo, de mais ou menos, vinte e cinco séculos. Se para o herói não havia “vontade”, visto que esse pensava agir por sua escolha, mas, não o era; hoje, não obstante, a vontade recobra es...
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