Se a Arqueologia (do grego, arqué, antigo ou poder, e logos, discurso depois estudo, ciência) é a disciplina científica que estuda as culturas e os modos de vida do passado, a partir da análise de vestígios materiais. Motivo que demonstra ser uma ciência social, isto é, que estuda as sociedades, podendo ser tanto as que ainda existem, quanto as já extintas, através de seus restos materiais, sejam móveis (como por exemplo, um objeto de arte, as urnas e cerâmicas indígenas) ou imóveis (como é o caso das estruturas arquitetônicas, os antigos bairros da Vila Marcondes, Bosque e Aviação, as ruas Quintino Bocaiúva, Barão do Rio Branco, Dr. Gurgel e a avenida Brasil de Presidente Prudente). Incluem-se, também, no seu campo de estudos as intervenções feitas pelo homem no meio ambiente. Existem teses arquivadas na Unesp que incluem depoimentos e gravações de descendentes de escravos africanos que seguiram o culto do sincretismo religioso, que conheciam a língua iorubá e os orikis, a exemplo de Ana Francisca de Oliveira. São verdadeiros documentos sobre o processo e a formação cultural e educacional de Presidente Prudente e região.
Ao ler a matéria “Künzli diz que falta vontade”, do jornalista Felipe Peretti, de O Imparcial, publicada em 16.01.2011, no caderno Cidades, onde aborda a falta de vontade política, o interesse eleitoreiro, a demora em criar o hábito de frequentar o espaço do museu e o baixo número de museus de antropologia e arqueologia na região de Presidente Prudente, pelo depoimento de Ruth Künzli, antropóloga e historiadora da Unesp, o atual quadro nos deixa perplexos: agora, compreendemos o pensamento e os valores e a própria sociedade a que pertencemos.
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