O mercado
editorial mudou de sete anos para cá, houve uma abertura pelas editoras
tradicionais que abandonaram a ideia de lutar contra a autopublicação e o
preconceito com o formato ebook. Não foi fácil para eles se conscientizarem que
a internet, junto com os portais e blogs, tornou-se uma mídia livre dos
tentáculos dos interesses de uma minoria que dominava a área. Apenas o mundo da
web mostrou-se um espaço democrático para se publicar e divulgar, onde o autor
pode demonstrar sua criatividade ao criar planos e estratégias de divulgação,
independente do julgamento dos editores onipotentes centralizadores, sempre fechados
em suas torres de marfim.
Existe hoje uma noção de que o
mercado editorial passa por uma transformação que vai muito além do debate
entre o papel da figura do editor e os recursos da tecnologia digital de
infinitas possibilidades visuais e atrativas. Estes recursos exigem uma maior
compenetração e dedicação dos escritores nos estudos, nas pesquisas, no
planejamento e, principalmente, recursos financeiros para os que atuam com a
autopublicação paga, porque precisam comprar uma tiragem mínima de exemplares
para rodar as engrenagens da máquina. Se o autor dispõe de condições
financeiras e se sente perdido como um náufrago, deve procurar um editor em sua
cidade, que desenvolverá um trabalho de consultoria.
Há dez anos, o mercado editorial
pautava-se pela escassez de títulos, sob os critérios de seleção dos editores.
Nos dias de hoje, ocorreu um surto abundante de livros de todos os gêneros. As
estatísticas comprovam que, no Brasil, havia 50 mil títulos publicados por ano,
atualmente isto triplicou, em razão das editoras que trabalham na venda sob
demanda, utilizando como pontos-de-venda seus próprios sites, as redes sociais,
etc. Isso sem contar de outras formas de publicação e autopublicação oferecidas
no mundo.
Estes fatores implicam na mudança
drástica no papel do escritor. A questão é muito clara e visível: observa-se um
número elevado de escritores produzindo livros fantásticos em disparidade com o
número de leitores um tanto inexpressivo, ao analisar as pesquisas. Nem se pode
culpar a economia, a educação, a falta de emprego e de cultura, enfim, deixemos
de arrumar um bode expiatório para a situação, nem culpar o mundo e nem o
escritor a si mesmo.
É preciso ter a noção básica de não
apenas trabalhar na produção gráfica e na divulgação do livro, mas, de participar
convictamente de ações formativas de associações literárias, de secretarias de
cultura e oficinas culturais. O escritor deve elaborar também uma estratégia de
presença em feiras, salões, para a aproximação e formação de público leitor,
desde os bate-papos nas escolas, passando na sustentação de imagem pelas fan
pages das redes sociais, entre outros acessórios da tecnologia digital.
Quando se reconhece as falhas e os
erros pode facilmente corrigi-los com empenho, dedicação e tomando como base as
teorias e as experiências de outros autores encontrados na rede. No decorrer do
tempo, você vai se transformar em empresário de si mesmo e compreender que tudo
depende de seu pensamento e da ação complementar, para a construção do caminho
do sucesso que mereça. Mas a única maneira de conseguir um espaço de
reconhecimento do público e da crítica e passando por provas semelhantes aos de
romance de aventura que o espírito de fé, de determinação, coragem, de
persistência, de garra e aliando estas virtudes de autêntico guerreiro
favorecem o herói protagonista a vencer os desafios dos inimigos e da vida em
sociedade capitalista. Alguns escritores que reclamam necessitam resgatar os
mitos milenares e suas aventuras, um sentido na vida, como referência para que
prossigam a batalha com uma dose salutar de sonho e aventura dos antigos povos
viajantes.
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