Pular para o conteúdo principal

Signos e os encantos da vida










            A jornalista e articulista Violeta Araki nos presenteia com um texto divertido igual a um saco de risadas: “O Dia em que a Orquestra Desafinou”. Na crônica, a autora demonstra muita criatividade na seleção e combinação dos signos para a obtenção de um humor filosófico sobre a realidade atual! – declara Zizi Trevisan, escritora e ensaísta. Leia no item Crônica na Página Principal.
            O blog APE homenageia um autor prudentino que valoriza as virtudes e os trabalhos de benemerência dos verdadeiros cidadãos cristãos. Esperamos que Geraldo Soller se faça presente na atual e futura geração pelos textos produzidos. O seu “Grilo Falante” expressa o canto poético de uma alma sensível que, como diz Rubens Shirassu Júnior, de forma tão apropriada no comentário “Soller e o Arquipélago”, estabelece em sua obra, “uma dimensão existencial que se justifica e ganha significado à medida que o indivíduo submete-se a uma série de provas responsáveis pela obtenção de sua integridade” em um mundo de tanta materialização da condição humana. Em Top, último item do blog.
            De forma coerente, Celso Aguiar, aproveita o termo “fragmentos”, ressaltado no título, com o conteúdo temático do texto. Parece, pelo menos é o que o texto apresenta, que a estrutura da poesia é, estrategicamente, construída de forma entrecortada! As tomadas e cortes são funcionais, para expressarem a lamentação do poeta, em razão de que, na vida, os “encantamentos” não são duradouros, mas rápidos, fugazes como o tempo que poda a própria vida a todo instante. Funciona como uma canção dolorosa/ dolorida que lateja em nós. Os termos que predominam: “saudades” aos “fragmentos” de vida que vêm e que vão.
            Uma denúncia poética sobre os artifícios dos discursos dos “falsos líderes”, que conseguem enganar pela mágica (“vara de condão”) de suas palavras, transformando esta magia no “punhal” cravado no coração do mundo. Este o tema principal de “Ritmos e Ritos”, de Ratib Buchala, o poema se relaciona também com o passado, os anos sessenta no Brasil e com o presente (Oriente Médio). Interesses econômicos na fomentação das guerras, abusos de poder, linguagem ludibriadora – tudo está contido no texto poético do poeta. Belíssimo e muito profundo! No item Poema - Fragmentos de Encantamentos, da Página Principal.



Conheça mais sobre a APE, clicando no link de acesso, logo abaixo:









Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O PAU

pau-brasil em foto de Felipe Coelho Minha gente, não é de hoje que o dinheiro chama-se Pau, no Brasil. Você pergunta um preço e logo dizem dez paus. Cento e vinte mil paus. Dois milhões de paus! Estaríamos assim, senhor ministro, facilitando a dificuldade de que a nova moeda vai trazer. Nosso dinheiro sempre se traduziu em paus e, então, não custa nada oficializar o Pau. Nos cheques também: cento e oitenta e cinco mil e duzentos paus. Evidente que as mulheres vão logo reclamar desta solução machista (na opinião delas). Calma, meninas, falta o centavo. Poderíamos chamar o centavo de Seio. Você poderia fazer uma compra e fazer o cheque: duzentos e quarenta paus e sessenta e nove seios. Esta imagem povoa a imaginação erótica-maliciosa, não acha? Sessenta e nove seios bem redondinhos, você, meu chapa, não vê a hora de encher a mão! Isto tudo facilitaria muito a vida dos futuros ministros da economia quando daqui a alguns anos, inevitavelmente, terão que cortar dois zeros (podemos d

Trechos de Lavoura Arcaica

Raduan Nassar no relançamento do livro em 2005 Imagem: revista Usina             “Na modorra das tardes vadias da fazenda, era num sítio, lá no bosque, que eu escapava aos olhos apreensivos da família. Amainava a febre dos meus pés na terra úmida, cobria meu corpo de folhas e, deitado à sombra, eu dormia na postura quieta de uma planta enferma, vergada ao peso de um botão vermelho. Não eram duendes aqueles troncos todos ao meu redor velando em silêncio e cheios de paciência o meu sono adolescente? Que urnas tão antigas eram essas liberando as vozes protetoras que me chamavam da varanda?” (...)             “De que adiantavam aqueles gritos se mensageiros mais velozes, mais ativos, montavam melhor o vento, corrompendo os fios da atmosfera? Meu sono, quando maduro, seria colhido com a volúpia religiosa com que se colhe um pomo. E me lembrei que a gente sempre ouvia nos sermões do pai que os olhos são a candeia do corpo. E, se eles er

O Visionário Murilo Mendes

Retrato de Murilo Mendes (1951) de Flávio de Carvalho Hoje completaram-se 38 anos de seu falecimento Murilo Mendes, uma das mais interessantes e controvertidas figuras do mundo literário brasileiro, um poeta difícil e, por isso mesmo, pouco divulgado. Tinha uma personalidade desconcertante, sua vida também constitui uma obra de arte, cheia de passagens curiosas de acontecimentos inusitados, que amava Wolfgang Amadeus Mozart e ouvia suas músicas de joelhos, na mais completa ascese mística, não permitindo que os mais íntimos se acercassem dele nessas ocasiões. Certa vez, telegrafou para Adolph Hitler protestando em nome de Mozart contra o bombardeio em Salzburgo. Sua fixação contemplativa por janelas foi assunto do cronista Rubem Braga. Em 1910, presenciou a passagem do cometa Halley. Sete anos depois, fugiu do internato para assistir ao brilho de outro cometa: Nijinski, o bailarino. Em ambos os casos sentiu-se tocado pela poesia. “Na