Os grupos de leitura popularizam-se no Brasil
como forma de ampliar repertórios
e formar leitores mais
críticos.
Em apenas um encontro mensal, a ação
proporciona espaço de
diálogo.
Os clubes de livros são muito
populares nos Estados Unidos e na Inglaterra. Nos últimos anos, esses encontros
se espalharam também pelo Brasil, como maneira de ampliar repertórios e formar
leitores mais críticos. Em São Paulo, há clubes consolidados em instituições
como a Biblioteca de São Paulo, Biblioteca Mário de Andrade, Academia Paulista
de Letras, incluindo livrarias e encontros organizados por editoras.
Para Rubens Shirassu Júnior, 55
anos, poeta, contista e revisor de textos, como mediador dos encontros mensais
do clube “Leitura Viva”, um projeto aprovado e sendo realizado numa sala da
Oficina Cultural Timochenco Wehbi, de Presidente Prudente, o mesmo tem apenas
uma regra de funcionamento particular e pré-requisito: a leitura da obra e o
diálogo entre os participantes, para que haja uma análise mais consciente e
minuciosa. Por ser o primeiro, o coordenador elaborou um plano de leitura para
os próximos 12 meses, com exceção de julho e dezembro. Em razão da atividade
ser gratuita e com média de 15 pessoas por encontro, seu coordenador pretende
disponibilizar na biblioteca da oficina os exemplares das obras.
“Objetivamos um público bem diverso,
temos inclusive leitores que, pela primeira vez, estão tomando contato com o
livro A Metamorfose, de Franz Kafka,
escritor eslovaco. Pretendemos com a iniciativa ter um papel fundamental na
formação do leitor autônomo, que se posiciona e constrói um sentido próprio
diante do material que o livro oferece. Para isso, o papel do mediador também é
essencial, pois precisa ter um repertório literário, mas principalmente gostar
de gente e ter a sensibilidade de facilitar o equilíbrio do diálogo no grupo,
articulando a fala e a escuta”, declara o escritor.
Shirassu Júnior explica que o
fomento à leitura representa o principal objetivo da ação cultural desenvolvida
nas áreas de literatura e bibliotecas. “Hoje, em dia, as pessoas se agrupam por
afinidades como no Facebook e no Whatsapp e em outras redes sociais. O clube
Leitura Viva pretende reunir pessoas interessadas e que gostam de textos criativos,
instigantes e, principalmente, fora dos modismos passageiros, só que as ideias
e os comentários são compartilhados presencialmente”, afirma o escritor.
Melhora
no vocabulário e na escrita
Os livros não deveriam fazer parte
da vida das crianças apenas no período escolar e, sim, acompanhá-las por toda a
vida. Afinal, com eles, aprende-se cultura, exercita-se a imaginação e
expande-se o vocabulário. Felizmente, alguns educadores e escritores já se
deram conta disso e desenvolveram projetos para incentivar a leitura, a
interpretação de texto, a desinibição e o desenvolvimento do senso crítico
exclusivamente de estudantes, poetas, prosadores e demais interessados de
Presidente Prudente e arredores. Dentro deste pensamento, Rubens Shirassu
Júnior com o apoio fundamental da Oficina Cultural Timochenco Wehbi
desenvolverá a iniciativa clube “Leitura Viva”, em 30 de agosto (terça-feira),
das 19 às 22 horas.
Este tipo de incentivo já mostra
resultado positivo, se compararmos hoje com 12 anos atrás. Pelo que demonstram
os dados da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, realizada pelo Ibope e
encomendada pelo Instituto Pro Livro (IPL), houve um crescimento do índice de
leitura no País entre a população acima de 15 anos – de 26 milhões de leitores
em 2000, que liam por ano 1,8 livros cada, para 71,9 milhões, com 3,1 livros
por ano por pessoa, em 2011. Uma outra forma de estímulo, mostra-se no exemplo
e o gosto da leitura advindo dos pais e familiares. Para se ter uma ideia, 87%
dos considerados não-leitores nunca foram presenteados com livros na infância e
63% deles nunca viram a mãe lendo – a porcentagem vai para 68% quando se trata
do exemplo paterno, conforme a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil,
realizada há 5 anos.
Outra vantagem, a leitura contribui
para aprimorar e estimular a prática da escrita (redação). Pelo que declaram
pais, educadores e pedagogos, em recente levantamento derivado do documento
“Indicadores da Qualidade na Educação” (AÇÃO EDUCATIVA et al., 2013. 4.ed) a qualidade da estrutura oral do texto dos alunos é facilmente percebida.
LEITURA VIVA
Coordenação:
Rubens Shirassu Júnior
Livro do
Mês: “A Metamorfose”, de Franz Kafka
Dia: 30 de
agosto e 20 de setembro (terça-feira)
Horário:
Das 19 às 22 horas
15 Vagas
OFICINA
CULTURAL TIMOCHENCO WEHBI
Avenida
Manoel Goulart, Nº 2.651 - Anexo 1
Fones:
(18) 3222-3693 e 3221-2959
Vila Santa
Helena
Presidente
Prudente - São Paulo
Facebook:
fanpage Oficina Cultural Timochenco Wehbi
INSCRIÇÕES
DA ATIVIDADE GRATUITA
ATÉ
24 DE AGOSTO (QUARTA-FEIRA)
Link
de acesso a Ficha de Inscrição na Oficina Cultural
Timochenco
Wehbi, de Presidente Prudente - São Paulo:
https://docs.google.com/…/1FAIpQLScON6rRDF6XTybqxn…/viewform
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