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Agenda Matarazzo / Agosto de 2011


Artes Visuais

De 9 a 12, na Sala de Convivência
Exposição de Painéis: Marechal Rondon:
A Construção do Brasil e a Causa Indígena
Parceria: Fundação Banco do Brasil
A exposição apresenta por meio de 16 painéis, o percurso de Rondon, contextualizando sua trajetória, desde a infância e a vida familiar até a sua atuação na coordenação da instalação das linhas telegráficas e o envolvimento nas questões indígenas.

Literatura

De 1 a 31, segunda a sexta, às 9h e 14h
Dia D...Contação de Histórias
Autor do Mês: Jonas Ribeiro
Projeto para crianças que visa promover o incentivo e o gosto pela literatura através de dramatizações, teatro de fantoches e artes plásticas
Agendamentos com antecedência: (18) 3226-3399/3223-7554 ramal 3326

De 1 a 31, de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 12h e das 13h às 17h, na Biblioteca Municipal Dr. Abelardo de Cerqueira César
Projeto Dia D – Tira Dúvidas

Segundas e quintas-feiras – Língua Portuguesa
Quartas e sextas-feiras – matemática
Terças – Geografia
Apoio e reforço escolar, com orientações e auxílio. Promove esclarecimentos de conteúdos e auxilia a pesquisa junto ao acervo da biblioteca.

De 1 a 31, de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 12h e das 13h às 17h, na Biblioteca Municipal Dr. Abelardo de Cerqueira César
Projeto Autor do Mês: Arthur Conan Doyle

Escritor e médico mundialmente famoso por suas 60 histórias sobre o detetive Sherlock Holmes. Suas novelas com enredos e tramas envolventes que despertam a curiosidade, são consideradas uma grande inovação no campo da literatura criminal.

Dia 13, sábado, às 20h, na Sala de Cinema Condessa Filomena Matarazzo
Encontro com a Poesia

Autores prudentinos reunidos para celebrarem a poesia de forma lúdica, através de declamações e reflexões sobre o ato poético.

Dia 20, sábado, às 16h, na Sala de Cinema Condessa Filomena Matarazzo
Café Filosófico: Caminho para a Liberdade

O caminho para a liberdade é o terceiro episódio da série Human all tôo Human da BBC, realizada em 1999. Neste episódio, são abordadas a vida e a obra de Jean Paul Sartre (1905-1980), o mais famoso filósofo existencialista europeu.

Dia 20, sábado, às 19h30, no teatro Paulo Roberto Lisboa
Sarau Solidário: Cadê José? – A Deixa Masculina

Fazer poemas com flores é fácil e comum...e oposto? Quem tem coragem? Quem tem talento?

Dia 31, sábado, às 19h30, na Sala de Cinema Condessa Filomena Matarazzo
Filme: Sherlock Holmes

Cinema

Programação nacional
Quintas e sextas-feiras, às 19h30, sábados e domingos às 17h

De 4 a 7
O Padre e a Moça – Livre

Parte de um poema de Carlos Drummond de Andrade para contar a proibida relação entre um padre e uma jovem abusada pelo tutor.

De 11 a 14
O Príncipe – 14 anos

O longa metragem traz o olhar do filho pródigo que volta para casa e descobre não mais reconhecê-la, nem aos seus ocupantes.


De 18 a 25
É Simonal – 12 anos

O filme traz o cantor Simonal muito à vontade em meio a shows, muitas músicas e divertidas esquetes de humor.


De 23 a 28, sempre às 19h30
Mostra especial

Teatro no Cinema

Desaconselhável para menores de 14 anos

Dia 23 – Gata em Teto de Zinco Quente, de Richard Brooks;





Uma adaptação da peça de Tennesse Williams, estrelada por Paul Newman e Elizabeth Taylor, em sua melhor interpretação no cinema.

Dia 24 – Medéia, de Pier Paolo Pasolini;







No filme, o diretor Pasolini realizará, em duas vertentes, uma desconstrução do conteúdo de cultura presente no texto trágico de Sófocles. Em primeiro lugar, tratará do conflito representado pela personagem Medéia, deslocando-o da discussão sobre a ética da pólis ideal. Considera-se, então, que, a fim de realizar a tradução para o cinema da tragédia Medéia, de Eurípides, Pasolini, realizou a desconstrução das idéias formadas pelo pensamento moderno acerca das obras trágicas, que as reduz, muitas vezes, a meras peças melodramáticas que apelam para sentimentos de simpatia ou de antipatia.

Dia 25 – Édipo Rei, de Pier Paolo Pasolini;







As cenas do filme que passam na Grécia Antiga foram fielmente produzidas. Algumas exceções que encontramos, por exemplo, são as cenas em que Édipo e Jocasta estão fazendo amor. Na peça, apesar dos filhos que tiveram, não há nenhuma cena que mostra o casal na intimidade. No filme talvez isso aconteça para enfatizar o incesto que ocorre. Como na tragédia, após a descoberta de Édipo, Jocasta se enforca e o rei fura os próprios olhos. Édipo acaba sendo mais vítima do seu destino do que um assassino.
Na cena seguinte, retornamos à época inicial do filme. Édipo volta ao mesmo lugar que esteve com a mãe, quando ainda era bebe. Não adianta fugirmos do nosso destino, damos voltas e mais voltas, mas “a vida termina onde começa”.
De um modo geral, podemos dizer que a adaptação da tragédia grega foi fielmente produzida. O que foi acrescentado serviu para trazer o problema para os dias de hoje. O mito de Édipo é um assunto tão interessante que foi por meio dele que Sigmund Freud formulou o seu conceito de Complexo de Édipo.



Dia 26 – Othelo, de Orson Welles;









A tragédia do mouro Othello, que se casa com a bela Desdemona, sendo influenciado pelo nefasto Iago a duvidar da fidelidade de sua esposa. Adaptação da obra de William Shakespeare filmada por Welles, em Veneza e no Marrocos, entre 1949 e 1952. Prêmio de melhor filme no Festival de Cannes.



Dia 27 – Salmo Vermelho, de Miklós Jancsó;







Trabalhadores rurais da Hungria, pós-guerra, querem o direito a dignidade. Através de idéias socialistas e muita música, vão lutar pelo direito de serem verdadeiramente livres. Um dos mais belos filmes pró-socialismo já realizados. Obra de destaque do excepcional cineasta húngaro Miklós Jancsó, vencedora do prêmio de direção no festival de Cannes em 1972.

Dia 28 – Classe Operária vai ao Paraíso, de Elio Petri.







Assistir o filme de Elio Petri, é mais que uma experiência política ou cinematográfica, uma incursão no pensamento de uma época, ou também presenciar um pensamento dominante de uma classe que nunca dominou (nesse caso os meios de produção). Tratar de sindicalismo no cinema sem estereotipar e, ainda, agradar o público foi (e continua sendo) uma tarefa para poucos.
No Brasil, temos o mestre Leon Hirszeman e sua obra-prima “Eles não usam black-tie”; outro cineasta expressivo, que dedicou seu trabalho as condições de vida da classe operária, foi o britânico Ken Loach. Charles Chaplin, em “Tempos Modernos”, também foi feliz ao retratar os avanços tecnológicos na vida do trabalhador.
Petri, em “A Classe Operária vai ao Paraíso”, não foi diferente mostrando a vida de um operário metalúrgico (Gian Maria Volonté) que perde um dedo em acidente de trabalho e se engaja na vida sindical. Operário padrão, Sem dúvida, um dos filmes mais importantes do cinema político italiano.
Premiações: Ganhou o prêmio David di Donatello (1972) de melhor filme, além da Palma de Ouro no Festival de Cannes (1972).



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