De
que vale os segundos de fama,
deusa
hedonista de raios luminosos,
filha
hipócrita da Nova Idade
Média
e midiática?
Reação
em cadeia
dos
dentes da engrenagem,
a
moeda gira no labirinto
de
espelhos da cidade,
chove
em pílulas elétricas nos neurônios,
corrente
induzindo a curiosidade no vaso
de
verde dólar da glória
do
prazer hedonista e de poder
dos
mercadores,
pelo
interesse de criar necessidade:
Onde
se encontra a ossada
de
Federico García Lorca,
por
anos e por séculos,
sei
lá, até quando?
Por
que e para quê?
Qual
o ponto de partida,
a
vela, a seta e a meta?
Mera
especulação editorial,
pois
a moda é mercenária
muda
de períodos em períodos rápidos.
Uniforme,
passageira e efêmera
artimanha
capitalista,
excremento
do manual
da
estética consumista,
chapéu
mexicano no parque
de
diversões, condomínios
&
piscinas de desespero,
jogos,
passatempos & entretenimento
na
cabeça escrava da necrofilia,
um
roteiro de uma sufocante vida
estéril,
hipócrita e mórbida
refeição
dos mortos-vivos.
Como
último suspiro,
a
próxima atração do espetáculo
para
esquecer a realidade:
os
animais domésticos fecham os olhos
e
põem a língua de fora, com sede.
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