Estou
imerso na memória do rio
na
pele do seu corpo
que
floresce e se conjuga.
Estou
imerso
como
o peixe na pupila
crística
do desejo,
da
espera: estancar o sofrimento
da
resina do cansaço
em
busca de solução à existência
semelhante
ao animal do subsolo.
O
tempo redescoberto do rio
na
memória da pele do corpo.
Aqui,
as pedras nem produzem seus limos
somente
pequenos vasos de cal.
Ouço
a fome das pedras
do
fundo do rio o bojo da vida:
preciso
do elemento água
para
me consumir a boca
de
rachaduras.
Ouço
vagar, meu vago vagar
sou
vago mas desejo um novo dia.
Aqui,
a fome e a sede
estancaram
o manancial da vida,
a
subcondição persiste como essência.
Então,
o amor e a solidariedade
não
me justificam
e
o peso da carga imensa imerso,
revela-se
concepção,
como
consequência de um plano nefasto e vil,
multipliquem-se
os lagartos
e
se infiltram,
os
rastejantes apenas andam sem direção.
Apesar
do rio concreto, paira dentro
o
espírito de aventura misteriosa e enigmática
ao
desconhecido,
o
rio sobrepõe a mim
além
da vida.
Comentários
Postar um comentário