Ilustração de Rubens Shirassu Júnior
Para o
pintor
Adão
Francisco dos Santos,
de Martinópolis
Um azul rompe a lona
negra do céu.
As folhas verdes crescem altas entre rochas
dentro da noite azulada transpondo o concreto.
O que era obscuro se transforma em novo mundo
composto.
O olhar que fica é como nunca, mais do infinito.
Entre a pedra e as folhas grandes,
eis que a sua mão e o pincel decidem:
Que toda a noite seja transfigurada
pela mágica surreal das tuas pinturas
e teu poder de encantamento e de alumbramento.
Um azul rompe a lona negra do céu.
O ar de vidro transparente refresca como chuva de verão.
As pessoas em círculos largos giram de mãos dadas,
brincando de roda as linhas ágeis do desenho se movem.
Somente as ideias levitam
como na tela de um filme em slow
motion,
o rodopio contrastando com as árvores que sacodem pelo vento,
do helicóptero em rodeios, a vertigem.
As tuas pinturas não perdem a cor,
sempre encobrem a escuridão fria da vida miserável,
nem quando os teus olhos se fecharem,
os teus dedos ficarão agarrados numa estrela
ao teu redor se estendem caminhos e lembranças,
doze espirais de dimensões ying yang rodam em tons lilás
no coração das esferas, como móbiles modelam
um pássaro liberto das cordas na noite azulada.
Comentários
Postar um comentário