Lépida e leve
a língua guarda em teu labor
gostos dos afagos de sabor.
Folhas que lambem a vidraça
no ritmo de réptil,
não faz o menor ruído rudo,
ao teu contato de veludo.
Língua que voa,
nas asas musicais, solta, à toa,
em notas longas de invisíveis teias,
coleando, em deslizes de seda,
força inferia e divina língua-resplendor,
que convence como boa frase,
que contorna, que veste quase,
tateio de alucinação, pela carne de som
penetra a boca, deixa oca,
ao morder a fruta do dragão.
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