Por medo de amor
é inconstante como a nuvem,
criou uma flor secreta,
uma rosa fechada,
secamente represa a magma
e nem salta como um tigre no escuro.
Em seu tédio espera aquele que virá,
um silêncio ao tumulto parecido,
um mistério é seu signo e há de decifrar
sumindo nas entranhas, submersa,
nas profundezas do mar de sua cabeça.
Por isso não desvela,
enquanto não for vento ou vaga,
mas responde sem palavras,
o amante com perigoso silêncio parecido,
em gesto impreciso,
desvendará o segredo de todas perguntas,
os hieróglifos de segredos tatuados,
pela lua cheia de desejos no corpo,
seus legados, as fomes da alma e do coração
pois sabe que é devorada por outra fome
que desdenha a razão
ao rumor da água caindo no vago pasto,
uma ardência como lava expelida pelo dragão.
Palavras, pensamentos, antes esquecer,
sorvendo a salmoura que escorre
do pomo entre suas pernas.
Comentários
Postar um comentário