Mas para que serve a rosa?
Se a contemplo inerte.
Se a toco no mágico
fulgor das pétalas.
De que serve a rosa se
desnaturada a possuo?
Ela é plano de voo e
eis as hélices brancas
móveis asas de cisne,
aeroplana infinita e eis
a leveza e a graça da forma,
verbo fixada, lúdica.
O que era a pétala
da rosa branca
transformou o objeto:
jogo do cisne
de uma inocente pureza
que a contempla e revive
- criança que tateia
os pássaros em flor,
uma música aérea e branda,
das plumas brancas que repousam
as pétalas nas íris silentes
dos olhos de cisne.
Comentários
Postar um comentário