Vai enrolado na roupa branca
pela rua cinzenta,
jardineiro fiel do medo,
uma flor de esperança mínima
nasce para o homem sem face.
Como traduzir o momento
e a fragrância da rosa,
cumprindo sua verdade,
pura clareza da transparência
do efêmero: cai a flor – e
deixa o perfume ao vento.
Apesar do mundo parecer
com o outono/
voa pelo jardim a melhor parte,
uma gota do canteiro de mim.
Se mostra menos que o vento.
Meus olhos velam tuas pétalas no
chão.
Serão sempre as sementes do
renovar-se.
Serão sempre para verem mais.
Para semear nas alturas da noite,
sempre longe e dentro das coisas,
o conteúdo da teodisseia da paz e
liberdade.
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