A manipulação da TV em "1984", de George Orwell
Nada há na ciência, nem em qualquer outra ideologia, que tenha alguma coisa de libertador
No Brasil,
tanto à esquerda, aos de centro, como à direita, a palavra crescimento continua
na ordem do dia. A uniformização do planeta em torno dos valores da classe
média está levando a uma mudança antropológica para pior, onde o tipo Homem é
confundido planetariamente com o tipo classe média. A ideologia do progresso
percorre o receituário de todos os partidos políticos do Brasil assim como a
“disciplina de fábrica” de origem taylorista, as intervenções neoliberais
propondo os cursos profissionalizantes rápidos, com o objetivo de formar
mão-de-obra barata para a indústria, percorrem os manuais provincianos de
estética. A interpretação exclusivamente industrial do socialismo permite aos
comunistas e aos capitalistas falar o mesmo idioma. É isso que a cegueira
tradicional dos nossos intelectuais (ou acadêmicos) não consegue ver: cada um
dos aspectos da sociedade industrial é componente de um sistema de conjunto que
implica a escalada da produção e o crescimento da procura indispensável para
justificar o custo social total.
Nesta idade
média tecnológica, estes “caga-regras” adoradores da “tecnologia de ponta”
participam da fabricação da cegueira adestrada, onde as respostas humanas aos
acontecimentos de todos os dias tornaram-se estandardizadas. Neste momento, os
stalinistas ou os fascistas vermelhos do PT, entre outros partidos camaleônicos
e parasitas, adoradores da ciência e do Estado, tentam novamente ganhar a prefeitura
e a presidência da república, negociando ministérios e a troca de favores com
instituições estrangeiras, reforçando o que há de mais oportunista na história
da humanidade: os valores pequeno-burgueses. Começou com a Marta Suplicy querendo
promover uma instituição falida, que é o casamento para homossexuais. Hoje, não
existe revolução sexual.
Enquanto
isso, a imprensa trabalha a imagem de Joaquim Barbosa, “o justiceiro e salvador
da Pátria”, fortes indícios para concorrer com a presidente Dilma Rousseff. Por
outro lado, existe um estratagema para amedrontar os usuários da internet, além
de tirar a credibilidade dos blogs sérios que denunciam as manipulações através
de informações plantadas. Um pouco mais de 12% da população de Cuba vivem em
Miami, e uma faixa de dólares mensais que a União Soviética derrama na ilha não
impede o regime de Fidel Castro viver à beira da bancarrota. “Socialismo a
biberón” (socialismo de mamadeira) como dizem os mexicanos.
Marx e
Engels estavam convencidos de que a ciência ajudaria aos trabalhadores em sua
busca de emancipação social. Tal atitude tinha sentido nos séculos 17 e 18 e,
mesmo no século 19, quando o Estado ainda não se tinha declarado a seu favor e
a ciência restringia a influência de outras ideologias, deixando assim espaço
individual para o pensamento. Atualmente, nada há na ciência, nem em qualquer
outra ideologia, que tenha alguma coisa de libertador. As ideologias podem
deteriorar-se e se converter em religiões dogmáticas (exemplo: o marxismo).
Concordo com Paul Feyerabend quando afirma que numa sociedade realmente livre,
deve haver uma separação total entre ciência e Estado.
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