Mandala Ametista
XV
Pura
clareza da transparência
do
efêmero: cai a flor – e
deixa
o perfume ao vento.
XVI
Apesar
do mundo parecer
com
o outono/
voa
pelo jardim a melhor parte,
uma
gota do canteiro de mim.
XVII
Se
mostra menos que o vento.
Meus
olhos velam tuas pétalas no chão.
Serão
sempre as sementes do renovar-se.
Serão
sempre para verem mais.
XVIII
Semear
nas alturas da noite,
sempre
longe e dentro das coisas,
o
conteúdo da teodisseia da paz e liberdade.
XIX
Permita-me
que eu volte o rosto
para
as cestinhas forradas de seda
que
não pagamos por essas rosas
brancas,
delicadas da ilusão.
XX
E
ligo todos esses móbiles,
da
Estrela Polar da constelação Ursa Maior
até
a mandala da via-láctea, como brumas,
se
esvaem por entre sorrisos,
choro,
lágrimas e recordações.
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