“...com
a exploração do mercado mundial, a burguesia estruturou a produção e o consumo
de forma cosmopolita (...) A antiga indústria nacional será destruída
constantemente (...) No lugar do antigo isolamento e da autossuficiência local
e nacional passam a vigorar as relações múltiplas e a múltipla dependência de
nações entre si,
tanto no que se refere à produção material como espiritual.”
(Manifesto
Comunista, de Karl Marx e Friedrich Engels,
1979, páginas 29 e 30)
Aos pedagogos batalhadores
do Brasil
De 80 para cá todos os Governos seguem
uma cartilha política do tipo “fachada”, divulgando estatísticas que mostram a
diminuição do analfabetismo e o aumento do ingresso da população ao ensino
superior, porém, na prática, demonstra o tal “faz-de-conta” usando um marketing
político, onde vende a imagem que somos um País democrático e, gradativamente,
ocorre uma diminuição da miséria, além da desigualdade social.
Com o pensamento neoliberal na década
de 80, surgiu a globalização. Podemos entender que a globalização neoliberal
tem transformado a educação em ''comércio'' e algo rentável, esse o princípio
básico do neoliberalismo. Não trazendo benefícios e sim, prejuízo à educação e
à população, pois não está visando o cidadão como importante mas, sim, a
política e o financeiro do País. Trouxe mais um mundo tecnológico destinado a
formar trabalhadores competitivos e com conhecimentos tecnológicos, nada
social, nem pessoal. Apenas trazendo ao Brasil mais desemprego e fome. Não
tentam extinguir o preconceito e sim equalizar, ou seja, apenas 'abafar o
caso'. Não trazendo solução alguma. Prejudicando a educação, pois só pensa no
desenvolvimento do País e não do ser humano. Beneficiando apenas grandes
multinacionais. Concluindo que, a Globalização neoliberal somente prejudicou a
educação, visando apenas o interesse da Federação, deixando os problemas e as responsabilidades
aos Estados e aos Municípios. Cabendo aqui aquele popular ditado: ' o rico cada
vez fica mais rico, e o pobre cada vez fica mais pobre'.
Por outro lado, as pesquisas revelam
que 66% dos jovens que ingressam nas universidades, no Brasil, são analfabetos
funcionais, demonstrando que o plano educacional é incorreto e puramente
demagógico. Tal ação reflete também a face maquiavélica, de falta de respeito e
bom senso aos cidadãos brasileiros que batalham por um salário vergonhoso e
humilhante. No âmbito geral, essas leis ferem os princípios de cidadania e dos
artigos da Constituição Federal que garantem o acesso de qualquer pessoa a um
ensino de qualidade, independente de raça, cor, credo e condição social.
Com a total falência e a perda da
credibilidade das escolas públicas, por falta de estrutura, formação dos
educadores e, principalmente, pela desmotivação dos baixos salários, o Governo
Federal pretende que o ensino seja privatizado e administrado pelas escolas
particulares, promotora da indústria do diploma. Esse ardiloso estratagema
formará uma geração constituída de uma mão-de-obra barata, com dificuldades
para atualizações e especializações profissionais, pois, é óbvio, não sabe
pensar e nem criar alternativas de sobrevivência, assim torna-se um típico
boneco manipulado pelas grandes corporações estrangeiras, que continuarão a
enriquecer às custas da crueldade do regime escravocrata alienante e
institucionalizador.
De fato, a teoria neoliberal é
oportunista. Primeiro prega a neutralidade do Estado, declara descaradamente
que a educação é dispendiosa. Esse pensamento de investir em cursos
profissionalizantes é um meio sorrateiro de desqualificar a PNE e formar docentes
sem a mínima condição crítica. Na realidade, a intenção neoliberal é exterminar
a educação tradicional, pois sub-entende-se que o mercado capitalista precisa
de mão-de-obra rápida para atender à demanda mercantilista e, para tal projeto
a educação em um viés tradicional, não oferecendo rentabilidade. É uma
realidade nacional devastadora.
Outra característica que fortalece
essas ações é a visível raiz genética da cultura do medo imposta pelos senhores
de engenho, dos conquistadores, que trouxe ao comportamento do latino-americano
subserviente, vulnerável aos dogmas das religiões e à falta de ação política,
entre outras repressões, ao refletir sobre a história da economia nos países do
Terceiro Mundo.
A divulgação desse sistema neoliberal,
comprovada historicamente a ineficiência do Liberalismo, seria um ornamento
para encobrir o interesse do Estado, das escolas particulares e técnicas, dos
deputados federais e senadores do Congresso que querem manter o Brasil atrelado
aos grupos corporativistas e a países que exploram as Américas Latina e Central
e grande parte do Oriente. Seria um sistema global cruel e violento para
favorecimento exclusivo aos mesmos capitalistas selvagens e tecnocratas
segregacionistas, para que a Nação torne-se,
cada vez mais, dependente de suas ordens e de seus conceitos, onde prevalece o
amoral do “vencer a qualquer custo” e o individualismo do “salve-se quem
puder”.
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