E o que acontece quando se ajusta,
para, desacerta para
os outros
Ele tem
horror que o considerem juiz de sua terra, demonstrando uma aversão a
julgamentos. O que faz é relatar acontecimentos, espera tirar conclusões
positivas para todos. Um homem precisa entender o seu povo e a sua terra para
viver a plena cidadania com dignidade. Como dispõem os princípios morais dos
manuais dos Direitos Civil e Constitucional. Milhões de palavras impressas nos
livros, as ciências e as filosofias, uma torre de babel, visões do alto e do
baixo.
Em cima do precipício, um
cabo-de-guerra: de um lado o desejo, a curiosidade, do outro, o medo no limite
da carne, que bate o impulso, a loucura vibrante de saltar no escuro para o desconhecido,
o profundo do poço do calabouço. É a experiência de se descobrir, o caçador livre caminhante busca a revelação. Precisa
conhecer a si mesmo, e se ver dentro do meio em que vive. Senão, é infeliz.
Vive o meio termo: nem infeliz, nem feliz. Nem sabe, ao certo, se as questões a
serem colocadas são essas. Diz tentar expressar a realidade psicológica e
social, sentindo-se desconfortável dentro do mundo. Como não ajeita nele.
Também não lhe facilitam
nada na vida.
São pequenas coisinhas, disfarçadas
aqui e ali e que acabam transformando-se em gigantes. Uma frase incisiva, seca
e violenta, uma negativa, um sorriso irônico, um obstáculo, um adiar
interminável, uma perseguição velada mostravam-se em fileira na sua maquete
mental: É preciso fazer reparos, pequenos consertos, a fim de que o mundo possa
ser adaptado. Como se fosse um sapato ou roupa, para ficar no tamanho exato.
Quando se trata do mundo, a coisa se complica, porque cada um tenta adaptá-lo à
sua maneira. Comprimento, largura e detalhes não são iguais para todos. E o que
acontece quando se ajusta, para, desacerta para os outros. O que pode
assegurar, de pés juntos, até agora não entrou nas suas medidas. Está sempre fora.
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