VIII
Das
espumas do mar,
Afrodite
na forma
de
uma rosa branca
ornamenta
o escudo de Aquiles
e
os capacetes de Heitor e Enéas.
IX
Rosa
branca,
emblema
da perfeição,
segredo
guardado que fecha
sobre
seu coração.
X
Mas
para que serve a rosa?
Se
a contemplo inerte.
Se
a toco no mágico
fulgor
das pétalas.
De
que serve a rosa se
desnaturada
a possuo?
XI
Em
volta da roda do umbigo
circula
contínua garça da graça,
uma
rosa que levamos no coração,
comovida,
murcha incomunicável
sob
muros de sombras.
XII
Ela
é cinza das areias
do
deserto imenso,
pode
ser noite, pode ser pelo ar
e
pela água anda:
rente
ao chão verde macio
e
flores apenas que voam
da
voz do vento.
XIII
Como
sonho de um pássaro,
movem-se
apenas pétalas
veludosas,
uma borbulha de flor
de
nata que vemos desabrochar.
XIV
A
lua que envolve os noivos
de
branco abraçados, quentes, cheios
de
nascimento e pétalas que se cumprem
sem
perguntas – qualquer
coisa
serena, isenta e fiel.
XV
Vai
enrolado na roupa branca
pela
rua cinzenta,
jardineiro
fiel do medo,
uma
flor de esperança mínima
nasce
para o homem sem face.
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