Rio próximo de Faro, em Portugal
És uma ninfa dolente
pelo doido réptil de tuas ilusões!
Traz ao coração, na boca ardente,
mil rosas, mil fragrâncias, mil canções!
Inventas, após uma carícia quente,
todo o ardor das imortais paixões!
E vens trazer, em soluçar plangente,
do borbulhar de luz das vastidões.
Pedes depois a pitaya branca e bela
que brote o fruto de amor àquela
que há de viver eterna Diadorim.
Voltas afinal, sonhador lagarto alado...
E vens contar, com teu falar
por quem suspira este peito, enfim!
Se um novo rosto misterioso
de enlouquecer por ser tão vistoso,
deixa-te perdido num sonho vaporoso,
de ternas místicas canções,
pois o mundo parece rancoroso.
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