Ser uma gota na paisagem
surrealista infinitamente profunda
e submersa desta flor de pitaya
fez o teu pranto
que o orvalho da noite
fez cair sobre o teu manto
branco de sal cobrindo o teu corpo
vermelho, ainda morno, e queimado
que brotou aos primeiros beijos do sol.
Ser uma gota sem tempo e sem forma,
que matou a sede, que se desgarrou
da terra para evaporar no céu,
será então eternidade.
Num feixe de silêncio,
de morada em morada,
no balanço de uma rede,
as sombras adormecem em teus braços,
habitando o interior de um grão de trigo,
sem som, sem ausência,
será apenas equilíbrio.
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