I
Rosa
branca
brava
pelo inverno do seu tempo
branco
do nada de pureza,
branco
do nada de inocência.
II
Rosa
branca,
mesmo
que não caiba
no
formato e na grandeza
do
vazio do século,
perdura
a beleza de sua frieza,
apesar
de muda e solitária.
III
Rosa
branca,
imagem
minimal turva esculpe uma lágrima,
um
coeiro estático da misantropia
sob
o verde campestre.
IV
Vi
erguer-se a rosa branca
em sua
graça
de
marinheira pelo mar.
V
No
mesmo desapego
da
gaivota,
em
voo, traço preciso,
luz
e geometria,
as
pétalas brancas móveis,
flutuam
em espumas.
VI
Um
arranjo de flor branca,
composição
de equilíbrio
e
brancura.
No
meio do dia desolado,
encanta
o seu repertório
de
doçura.
VII
No
ar, pelas luzes brancas,
das
almas valentes,
a
rosa branca segue
em
pleno mar
dos
espíritos da lua,
vaga
perdida e solitária.
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